Para evitar parada na produção de veículos, governo tenta importar chips da China

Montadoras podem ter linhas paralisadas em duas semanas e MDIC vai pleitear que Brasil fique de fora do embargo chinês

O fantasma da crise dos chips automotivos voltou com força e representantes do Governo Federal e da cadeia automotiva tiveram uma reunião de urgência na terça, 28. No encontro, o vice-presidente e ministro da indústria Geraldo Alckmin afirmou que já iniciou um diálogo com a China para tentar reverter o embargo chinês na produção de semicondutores.

Com a presença de representantes da Anfavea, Sindipeças, Sindicatos de Metalúrgicos e Sistemistas, a reunião foi marcada devido à iminência de uma parada na produção de veículos do país, já em novembro, por causa da escassez de chips. Segundo Uallace Moreira, secretário de desenvolvimento industrial do Ministério da Indústria (MDIC), o Governo Federal tenta um diálogo com as autoridades chinesas para que o Brasil fique de fora dessas restrições no fornecimento de chips para veículos.

“O vice-presidente Geraldo Alckmin já ligou para o embaixador chinês aqui no Brasil para poder fazer o início da negociação das conversas. Ao mesmo tempo, já ligou para o embaixador brasileiro na China para tratar do Brasil nessa crise de caráter geopolítico que não tem nada a ver, absolutamente nada com o Brasil”, explicou.

O governo e os representantes da indústria automotiva afirmam que se não houver uma solução em um curto espaço de tempo, podem ocorrer paralisações em algumas montadoras dentro de duas a três semanas. Ainda de acordo com o secretário, o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, garantiu que vai levar a demanda ao governo chinês.

Do Automotive Business