Para Great Wall, tributar veículos elétricos importados penaliza fabricantes

Montadora defende que antes é preciso criar ambiente fiscal específico para o segmento

O imposto de importação de veículos elétricos/híbridos segue dando o que falar. Na terça-feira, 14, foi a vez da Great Wall (GWM) ponderar sobre o retorno da tributação, medida que classifica como penalizadora.

“Se hoje o veículo elétrico passou a fazer parte do cotidiano dos brasileiros, além de outras importantes tecnologias, foi por causa dessa abertura. Mas isso não significa que um segmento que ainda representa 1% ou 2% das vendas totais vá dominar o mercado a ponto de demandar a volta da tributação, o que penaliza muitas fabricantes”, disse Ricardo Bastos, diretor de relações governamentais e institucionais da GWM.

Na visão da Great Wall, o ideal é que a alíquota zero para elétricos permaneça por mais tempo por duas razões. A primeira para que o mercado ganhe ainda mais escala, a ponto de justificar a produção local desses modelos eletrificados. A segunda, para que haja tempo de se criar uma política pública específica para o segmento, dentro do contexto do Rota 2030.

“No caso da Great Wall, nós temos firmado o compromisso de produzir veículos no Brasil. Compramos uma fábrica (em Iracemápolis (SP), anunciamos investimento para os próximos anos. É um segmento que ainda precisa de escala, e o ideal é que o mercado ainda fique aberto por mais dois anos, pelo menos, para que haja tempo de se discutir políticas públicas”, contou o executivo.

Do Automotive Business