Para Lula, estancar a crise deve ser a prioridade do G20
O presidente ressaltou que houve consenso em relação às medidas a serem adotadas e que, "pela primeira vez", os participantes demonstraram "maturidade" para lidar com o problema
Ao comentar a reunião do G20 realizada em Londres na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (6) que há “vontade política” e “disposição extraordinária” por parte dos líderes e que a prioridade, a partir de agora, é “estancar a crise”. Ele elogiou ainda a decisão do grupo de retomar as discussões da Rodada Doha.
Lula ressaltou que houve consenso em relação às medidas a serem adotadas para reduzir os reflexos da crise financeira internacional e que, “pela primeira vez”, os presidentes demonstraram “maturidade” para lidar com o problema.
“Eu disse que os países emergentes não estavam precisando apenas da ajuda dos países ricos e que o que nós queríamos era que os países ricos resolvessem suas próprias crises para que a gente pudesse voltar à normalidade”, disse, em seu programa semanal Café com o Presidente.
Lula lembrou que a crise nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia é de “grande profundidade” e que, por serem as economias com maior quantidade de crédito, “na medida em que param, para a economia mundial”.
“Penso que foi um passo extremamente importante para que os países que estão em piores situações possam voltar a crescer em 2010.”
Para o presidente, medidas anunciadas durante o encontro – como a decisão de fortalecer instituições multilaterais de financiamento – irão trazer resultados para os mais afetados pela crise, uma vez que as “condicionalidades da década de 80” para a concessão de financiamento não existirão mais.
Os líderes mundiais, segundo ele, estão “convencidos” de que é preciso retomar o crédito para facilitar o fluxo na balança comercial e que as economias precisam voltar a gerar empregos. Para Lula, esse é o sinal de que o Brasil está “totalmente correto” ao tomar medidas como fortalecer obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
“Anunciamos um programa habitacional, um novo programa de redução de impostos para o carro e para a construção civil. Se todos os países fizerem isso, temos uma grande possibilidade de ver o emprego voltar a acontecer na vida das pessoas.”
Da Agência Brasil