Para Mercedes-Benz, Brasil pode representar 10% das vendas globais
Montadora ainda persegue estabelecimento da produção regular em suas fábricas, que seguem afetadas pela falta de componentes
Se a Mercedes-Benz quer ser bem-sucedida no mercado global, ela precisa, primeiro, ser bem-sucedida no Brasil. A premissa, presente no discurso da CEO global Karin Rådström, na Fenatran, pode ser vista refletida nas ambições que a montadora traçou para o mercado doméstico em termos de vendas, no médio prazo: 10% das vendas globais da marca, ou 50 mil unidades/ano.
Os volumes atuais, 22 mil unidades até setembro, segundo dados do Renavam, ainda estão longe desse patamar, mas a executiva sinalizou que os ventos pandêmicos que sopram no setor podem mudar de direção a partir do ano que vem para uma direção mais otimista. O tema é estratégico porque atender a demanda projetada depende da disponibilidade de produto na rede de distribuição, algo que hoje ainda enfrenta atrasos por causa da falta de componentes na cadeia de suprimentos.
Atualmente, em volume, o Brasil é o maior mercado dos caminhões Mercedes-Benz no mundo. Paralelamente às questões que envolvem a produção de caminhões no Brasil, a Mercedes apresentou ao mercado brasileiro um pouco da sua oferta global de caminhões elétricos. No primeiro dia da Fenatran a empresa mostrou uma unidade do pesado e-Actros, desenvolvido para operações de longa distância em mercados como Europa, China e Estados Unidos.
Outra novidade da montadora foi uma versão autônoma do caminhão Atego desenvolvida para aplicação na logística interna de uma empresa de detergentes. Este não é o primeiro modelo do tipo em operação no Brasil, existem outros, por exemplo, atuando em processos de colheita de cana-de-açúcar.
Do Automotive Business