Para montadoras, fase ruim é passageira
Presidentes das filiais no Brasil apostam no mercado brasileiro, como ponto para investimentos seguros
O presidente mundial da General Motors, Rick Wagoner, disse estar surpreso com a queda de vendas no mercado brasileiro. Ele espera, porém, que seja “um típico fenômeno passageiro”. O executivo informou que os investimentos no País estão mantidos e a subsidiária local deve conseguir recursos próprios para projetos em andamento.
A GM do Brasil aguarda da matriz aval para um investimento extra de US$ 1 bilhão para renovar toda a linha de veículos ate 2012.
Na quarta-feira, o presidente da GM do Brasil, Jaime Ardila, estará em Detroit com o comando mundial da empresa para discutir projetos futuros. A companhia, que trabalha neste momento no lançamento, ainda este ano, do primeiro modelo de uma família, por enquanto chamada de Viva, espera o novo pacote de investimentos para o período 2010-2012. O atual programa, de US$ 1,5 bilhão, termina no próximo ano.
Bill Ford, presidente mundial do conselho da Ford, afirmou que o Brasil segue sendo muito importante para a marca. “Trabalhamos para manter todos os planos estratégicos no Brasil”, disse. A filial brasileira tem gastos previstos de R$ 3,5 bilhões para os próximos anos.
Mark Fields, presidente da Ford para as Américas, ressaltou que as ações que o governo brasileiro adotou, de redução de impostos e liberação de crédito para o financiamento, “vão ajudar muito para que o impacto não seja tão acentuado”.
O Brasil, disse Fields, faz parte do projeto de ter plataformas globais de veículos, principalmente de modelos de pequeno porte. “Vamos acelerar para ter carros mais eficientes em todos os mercados.”
A Chrysler espera um crescimento de 5% nas vendas do grupo no Mercosul, ante as 45 mil unidades de 2008. A marca vai lançar este ano no Brasil o sedã Trazo, que está sendo produzido no México em parceria com a Nissan, voltado especialmente para o mercado latino-americano.
“Somos pequenos jogadores no Brasil, mas queremos seguir com o histórico de crescimento de vendas que já dura cinco anos”, afirmou Eduardo Mayoral del Valle, diretor-geral para a América Latina.
Da Agência Estado