Paralisação na B.Grob inicia nova fase de luta no Grupo 9
Nova proposta do Grupo 9 foi rejeitada e a partir de agora tem parada todo dia em fábricas do setor. Além da B.Grob, em São Bernardo, cruzaram os braços ontem companheiros na LG, de Taubaté, Guarani e Brasvolks, de Itu.
B. Grob parou ontem
A produção na B.Grob, de São Bernardo, parou ontem das 6h às 13h e ninguém entrou na fábrica neste horário.
São dois motivos que levaram à paralisação. Um é o da campanha salarial, pois a empresa antecipou 6% de reajuste e se credenciou a ter a produção parada para pressionar todo o grupo.
Outro motivo é a prática anti-sindical da empresa, que demitiu arbitrariamente dezenas de companheiros, entre ele Luis Sérgio Batista, o Pica-Pau, diretor do Sindicato, que permanece acampando na porta da fábrica.
“Seguimos à risca a orientação de começar as paradas nas fábricas do grupo que deram um reajuste menor que o acordado com os outros grupos”, lembrou o diretor do Sindicato José Paulo Nogueira.
Para ele, o reajuste é uma provocação que leva ao conflito quando os patrões deveriam negociar.
Proposta
Na última segunda-feira, o Grupo 9 apresentou uma proposta de 2% de aumento real, o que significa um reajuste total de 6,75%. “Esse índice ainda não é suficiente para os metalúrgicos”, afirmou o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, Adi dos Santos Lima.
Além do índice insuficiente, Adi conta que os patrões não admitem atender nenhuma outra reivindicação como a mudança da data-base para setembro, controle de horas-extras ou reajustes diferenciados para os pisos.