Paralisação obriga Mercedes a rever licença remunerada
Depois que quatro mil trabalhadores cruzaram os braços porque a Mercedes-Benz anunciou que colocaria 300 companheiros em licença remunerada, a empresa voltou atrás na decisão.
A paralisação de quatro mil trabalhadores na Mercedes-Benz, em São Bernardo, na última sexta, obrigou a empresa a voltar atrás na decisão de colocar 300 companheiros em licença remunerada a partir de hoje.
A atitude da montadora foi tomada de forma unilateral, desrespeitando a prática do diálogo com o Comitê Sindical de Empresa (CSE).
Por isso, imediatamente após a Mercedes anunciar sua decisão, o Sindicato reuniu os metalúrgicos em assembleia e os trabalhadores decidiram por unanimidade cruzar os braços até a montadora abrir o diálogo sobre a licença remunerada.
Inteligência e mobilização
A mobilização deu resultado. A empresa suspendeu as licenças e os trabalhadores voltaram ao trabalho. “Ainda não podemos comemorar uma vitória”, alertou o diretor de Organização do Sindicato e membro do CSE na Mercedes, Moisés Selerges.
“Este cuidado é necessário por que iremos, a partir desta quinta-feira, dar início as negociações sobre o futuro da fábrica em São Bernardo e será um processo difícil”, explicou o diretor.
Para ele, a unidade dos companheiros será fundamental neste momento. “Temos que usar de inteligência e manter a mobilização neste processo”, disse.
“Os trabalhadores tem que ser os personagens principais destas negociações”, concluiu Moisés.
Da Redação