Parceria entre China e Brasil no setor petrolífero é estratégica

O consórcio formado pelas empresas Shell, Total, CNPC, CNOOC e Petrobras foi o vencedor da 1ª Rodada de Licitação do Pré-Sal e terá o direito a explorar e produzir o petróleo da área de Libra, na Bacia de Santos

Como o Brasil é um país rico em petróleo e a China é um dos maiores mercados de consumo do combustível no mundo, a cooperação entre os dois nesse setor vem se estreitando nos últimos anos. A reportagem é da Rádio China Internacional, desta terça-feira (28).

Em outubro do ano passado, um consórcio formado pela Petrobras, duas estatais chinesas – a Corporação Nacional de Petróleo da China (CNPC) e Corporação Nacional do Óleo Marítimo da China (CNOOC) – e outras empresas estrangeiras venceu o leilão de Libra, a maior reserva de petróleo do Brasil. O fato é considerado um novo passo significativo na cooperação petrolífera sino-brasileira.

A riqueza dos recursos petrolífero do Brasil se apresenta especialmente em suas enormes reservas no fundo do mar. Desde 2009, quando a China fez uma encomenda no montante de 10 bilhões de dólares ao Brasil, o comércio de petróleo entre os dois países continua a crescer.

Para o conselheiro comercial do consulado chinês no Rio de Janeiro, Zhang Jisan, os dois países possuem uma sólida base para continuar essa cooperação: “O recurso petrolífero é uma das áreas mais relevantes na cooperação bilateral”, e as empresas chinesas interessam-se muito em investir na área, no Brasil, disse à Rádio China Internacional.

A China é o quarto produtor de petróleo e tem vantagem na exploração subterrânea. Na participação dos projetos do Brasil, que possui maior experiência na operação em águas profundas, os chineses têm muito a aprender.

O conselheiro Zhang disse: “As empresas chinesas que queiram investir no Brasil devem estudar o mercado antes de entrar. Além disso, existe também nas nossas empresas problemas de gestão, o que é desfavorável na competição internacional.”

A CNPC, sendo uma das primeiras a entrar no mercado brasileiro, conseguiu abrir um caminho bem-sucedido após a superação de diversos desafios. O responsável da filial no Brasil, Hou Hongbin, afirmou, em entrevista à mesma rádio, no fim do ano passado, que a “política de nacionalização do Brasil exige uma alta participação nacional dos projetos desenvolvidos por estrangeiros.”

No que diz respeito à exploração do campo de petróleo, continuou Hou, “as máquinas e o fornecimento logístico devem ser do Brasil,” mas ressaltou a participação estrangeira que possa beneficiar o país com a capacidade técnica no setor e a parceria comercial também benéfica com pareceiros como a China.

Do Vermelho.com