PARE! Direitos iguais a todos os metalúrgicos

Metalúrgicos do setor automotivo param hoje por direitos iguais para a categoria em todo o Brasil. A manifestação faz parte da campanha Se o preço é nacional, quero salário igual!

Metalúrgicos de 130
fábricas em 13 estados dos
setores automotivo e siderúrgico
cruzam os braços
hoje em mais uma jornada da
campanha Se o preço é nacional,
quero salário igual!

Aqui na base, a luta vai
mobilizar a companheirada
de todas as montadoras. As
representações farão assembléias
nas entradas dos turnos
e o pessoal decide como
será o engajamento.

A manifestação é mais
uma etapa na luta da Confederação
Nacional dos Metalúrgicos
(CNM-CUT) pelo
contrato coletivo de trabalho.
O objetivo é acabar
com as enormes diferenças
salariais e econômicas entre
os metalúrgicos em todo o
País.

Exploração – Algumas diferenças fazem
com que trabalhadores
de uma região tenham uma
jornada de até 16 horas mensais
a mais do que outros.
Com os salários é a mesma
coisa. Metalúrgicos de uma
mesma empresa, mas em
plantas diferentes, chegam
a ter uma diferença salarial
de 84%.

“Essas disparidades não
condizem com um projeto
de País desenvolvido e justo”,
critica Carlos Alberto
Grana, presidente da CNMCUT
e diretor do nosso
Sindicato. Segundo ele, a argumentação
patronal de que
o custo de vida é diferente é
falsa pois os preços são iguais
em todo Brasil, de acordo
com pesquisa do Dieese.

Ação e pauta – Segundo ele, é necessária
uma ação dos trabalhadores
para que essas desigualdades
deixem de existir, pois as
diferenças caem como uma
espada a pressionar os trabalhadores.
“Cada vez mais
será muito difícil avançar em
campanha salariais como a
deste ano por causa desses
problemas”, exemplifica.

O Contrato Coletivo visa
à conquista da redução da
jornada semanal de trabalho
sem redução salarial, piso salarial
unificado, organização
no local de trabalho e combate
à terceirização, dentre
outras reivindicações.