Parem de nos matar! Mais de 4 mil mulheres assassinadas em um ano

Fotos: Adonis Guerra

Neste mês de março, a Tribuna Especial aborda diversas questões sobre a mulher e um dos temas que mais preocupa é o aumento do feminicídio. Foram 4.606 mulheres assassi­nadas em 2016.

“Nós mulheres sempre tivemos que batalhar o nosso espaço na sociedade por conta do machismo. O que mais assusta hoje é o feminicídio, que é o assassinato das companheiras por serem mulheres. Vamos dar um basta na violência”, defendeu a CSE na Kostal, Mércia Silva.

Na noite de quarta, dia 14, mais um assassinato de mulher chocou o Brasil e o mundo. A vereadora Ma­rielle Franco (Psol-RJ), negra, de esquerda, nascida na comunidade da Maré, defensora dos direitos humanos, foi morta aos 38 anos.

Ela voltava do evento “Jovens negras movendo as estruturas”, quando teve o carro emparelhado por outro veículo. Quatro dos nove tiros atingiram a sua cabeça. Deixa uma filha de 19 anos. O motorista, Anderson Pedro Gomes, 39 anos, foi atingido com três tiros pelas costas e também morreu. Ele deixa mulher e um filho de um ano.

No dia 28 de fevereiro, Marielle tinha assumido a relatoria da Comissão da Câmara do Rio de Janeiro para acompanhar a intervenção no Estado e se posicionava contra a medida. No fim de semana, denunciou nas redes sociais a ação dos policiais na favela do Acari.

A dirigente lembrou a perda da companheira Geyse Andrade da Silva, de 22 anos, assassinada em agosto quando chegava ao trabalho na Revoluz, em Diadema. Em outubro, a Comissão lançou a Campanha: Basta! Mulher não é saco de pancadas.

LUTA

No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, as metalúrgicas do ABC participaram da marcha em defesa da democracia e dos direitos na Av. Paulista, em São Paulo.

Nesta semana, no Fórum Social Mundial, entoaram o grito “sou negra, sou favelada, Marielle representa a mulherada”.

Da Redação.