Parlamento alemão aprova por grande maioria resgate à Grécia
O Parlamento alemão (Bundestag) aprovou nesta segunda-feira (27) o segundo resgate à Grécia por folgada maioria, após debate no qual a chanceler Angela Merkel advertiu que o pacote de ajuda pode não ser a solução definitiva.
Por 496 votos a favor, 90 contrários e cinco abstenções, o legislativo autorizou a contribuição alemã nesse novo pacote de ajuda – 36 bilhões de euros, do total de 130 bilhões de euros.
A proposta obteve apoio tanto na maioria dos deputados da coalizão governamental – integrada pela União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel, a União Social-Cristã da Baviera (CSU) e o Partido Liberal (FDP) -, quanto dos opositores social-democratas e verdes. Antes da votação, Merkel defendeu o segundo pacote à Grécia com o argumento de que as “oportunidades” que este abre para superar a crise superam os “riscos” de ajuda, mas ela reconheceu que essa pode não ser a solução definitiva.
“Ninguém pode dar uma garantia de êxito 100%”, afirmou Merkel, que falou em longo caminho e “não isento de perigos” para a estabilização da economia helena. “A solidez, o crescimento e a solidariedade são as bases deste novo pacote de resgate”, afirmou a chanceler, quem lembrou o compromisso da Grécia de reduzir sua dívida pública até 120% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2020.
Da solução da crise depende não só Grécia, argumentou Merkel, mas a Alemanha e sua economia, assim como os outros países resgatados – Irlanda e Portugal -, além dos outros com problemas – e citou à Itália e Espanha – e o conjunto da União Europeia (UE). Merkel anunciou que a Alemanha vai “acelerar” suas contribuições ao mecanismo europeu de estabilização (MEDE), para que sua contribuição financeira de 22 bilhões de euros esteja disponível em dois anos (até 2013) e não em cinco, como previsto.
Do IG