Participação e Poder: Brasil tem menos mulheres no poder que média mundial

Eram conhecidas as
discriminações da mulher no
mercado de trabalho. Agora,
a revelação e comparação
dos índices de representação
de mulheres no poder público
brasileiro causam horror
por serem um dos piores do
mundo.

Dados da União Interparlamentar
(UIP) divulgados
nesta semana indicam
que a média de mulheres
no Congresso Nacional
ou nos postos de ministro
está abaixo da média
latino-americana e mundial.
Entre os 156 países avaliados
pela entidade, o Brasil
ocupa apenas a 108ª posição
no que se refere ao número
de mulheres na Câmara de
Deputados.

O índice é de 9%. Ou
seja, 46 deputadas entre
513 membros. No Senado,
12,3% são mulheres, dez de
um total de 81 senadores. As
mulheres compõem 52% da
população brasileira.

Segundo a UIP, países
como Gâmbia, Sierra Leoa,
Níger, Síria, Sudão, China e
Iraque contam com números
mais positivos de participação
feminina no poder
que o Brasil.

A média brasileira é ainda
quase metade da média
mundial. No mundo, 17,7%
dos parlamentares são mulheres.
Apesar do progresso
dos últimos anos, a UIP
acredita que uma paridade
entre homens e mulheres
no poder somente ocorrerá
em 2050.

Hoje, a liderança é de
Ruanda, com 48,8% de
mulheres ocupando cadeiras
na Câmara de Deputados,
seguido pela Suécia,
com 47%, Finlândia com
41% e Argentina com 40%.
Em termos de representação
no governo federal, existem
três ministras para as 35
pastas.