Participe da promoção do 1º de Maio

Chega ao fim, hoje, a série 1º de Maio - Um povo de lutas com uma promoção especial para os associados do Sindicato.

A história do Brasil é
uma história de revoltas e
do extermínio de milhões
de pessoas.

A elite sempre
vendeu a idéia de
que tudo se resolve
pacificamente,
através da conciliação,
mas na verdade
muito sangue
foi derramado na
formação do País.
Aproveitando o
Dia dos Trabalhadores,
foi com essa intenção
que publicamos essa série
de matérias durante o mês
de maio.

O escritor Márcio Souza
disse que as várias revoltas
puseram em
xeque o Brasil Colônia,
o Império e
a República.

Ele lembra
que ao reprimir a
Cabanagem, o Império
matou 40%
da população do
Grão-Pará

“Foi o Sul escravocrata
e latifundiário
que venceu o Norte liberal
e manufatureiro. Foi o fim
dos ideais liberais e republicanos,
que queriam um País
sem escravos, com pequenas
propriedades no campo
e menos dependentes da
economia mundial”

Para o historiador Caio
Prado Júnior, a Cabanagem,
no Pará, a Balaiada
do Maranhão e a
Revolta Praieira,
em Pernambuco,
foram as principais
revoluções
populares da época,
mas que para
os historiadores,
reproduzindo o
discurso das elites,
elas não passam
de fatos sem maior significação
social.

Sérgio Buarque de
Hollanda defende que o
brasileiro é um homem
cordial, no sentido de ser
fortemente determinado
pelas
emoções, pelo coração
(córdis), e
um tanto alheio
ao racional.

Já para o antropólogo
Darcy
Ribeiro, o único
fator do atraso do
País é o caráter
das classes dominantes,
uma elite retrógrada que só
atua em benefício próprio.

Para ele, o Brasil sempre
foi um moinho de gastar
gentes. “Construímo-nos
queimando milhões de índios.
Depois, queimamos
milhões de negros. Atualmente,
estamos queimando,
desgastando milhões
de mestiços brasileiros, não
na produção do que eles
consomem, mas do que dá
lucro às classes empresariais”.

Darcy Ribeiro defende
que só o Brasil tem condições
de repetir a façanha
dos países que criaram uma
economia com resultado em
proveito próprio, graças a
nossa disponibilidade de
recursos naturais, de terras
agricultáveis e de mão-deobra
qualificada.

“É preciso formular
um projeto próprio de integração
do País, atentos aos
interesses nacionais e priorizando
sempre o desenvolvimento
social, ou seja, os
interesses populares”.

A filósofa Marilena
Chauí diz que a democracia
é a única forma política
que considera o conflito
legítimo e legal. Assim, as
idéias de igualdade e liberdade
como direitos civis
dos cidadãos vão além da
regulamentação jurídica.

Significam que os cidadãos
são sujeitos de direito
e que, se tais direitos não
existem nem estejam garantidos,
tem-se o direito de
lutar por eles e exigí-los.

Cronologia das revoltas e rebeliões

Brasil Colônia

Guerra dos Potiguares – índios contra luso-brasileiros, Paraíba e Rio Grande do Norte (1586-1599)
Confederação dos Tamoios – revolta indígena, Rio de Janeiro (1556-1567)
Aclamação de Amador Bueno – insurreição popular, São Paulo (1641)
Guerra dos Palmares – escravos contra luso-brasileiros, Alagoas(1655-1710)
Revolta da Cachaça – revolta de comerciantes, Rio de Janeiro (1660-1661)
Conjuração de Nosso Pai – insurreição popular, Pernambuco (1666)
Revolução de Beckman – revolta de comerciantes, Maranhão (1684-1685)
Confederação dos Cariris – índios contra luso-brasileiros, Paraíba e Ceará (1686-1713)
Guerra dos Emboabas – confronto entre bandeirantes e mineiros, São Paulo e Minas Gerais (1700)
Guerra dos Mascates – confronto entre mineradores e canavieiros, Pernambuco (1710-1711)
Revolta de Felipe dos Santos – revolta de mineradores, Minas Gerais (1720)
Inconfidência Mineira – conspiração independentista e republicana, Minas Gerais (1789)
Conjuração Carioca – conspiração independentista, Rio de Ja