Páscoa, ovo e coelho

Antes de ser uma festa da ressurreição de Cristo, a Páscoa era comemorada na Idade Média pelos povos pagãos europeus, que realizavam grandes festas em homenagem a Deusa da Primavera.

As festas aconteciam no chamado equinócio da primavera, que no hemisfério norte acontece no dia 20 ou 21 de março. Equinócio é um ponto da órbita da Terra em que o dia e a noite têm igual duração.

A Deusa da Primavera segura um ovo na mão, que carrega o símbolo da chegada da nova vida. Assim, um dos hábitos nesse período era o de decorar ovos para dar de presente aos amigos e familiares como forma de desejar fertilidade.

A festa da Páscoa, que significa passagem, foi incorporada pelos cristãos dentro das comemorações da Semana Santa, quando se celebra a ressurreição de Cristo.

A data cristã foi fixada no ano 325, no primeiro domingo depois da lua cheia que ocorre no equinócio da primavera ou logo depois dele. Por isso, a data é móvel.

Os cristãos também se apropriaram do símbolo do ovo, pois ele significa a chegada de uma nova vida.

Já o coelho de Páscoa passou a ser símbolo cristão da ressurreição a partir de povos do norte da Europa, que viam na lebre um símbolo de como deve viver o cristão. Patas traseiras fortes para permitir uma subida fácil e patas dianteiras frágeis para dificultar a descida.