Patrão coloca faca na garganta do trabalhador

O presidente do Sindicato acredita que os empresários se precipitaram ao passar a conta da crise para os trabalhadores. "Ninguém sabe o tamanho dos problemas na economia, por isso os empresários deveriam aguardar antes de tomar qualquer decisão."

 


Mesmo com todo esse cenário a seu favor, parte das empresas foi rápida ao colocar a faca na garganta do trabalhador.

“As empresas ganharam muito dinheiro nos últimos anos, mas ao primeiro sinal de dificuldade já falam em demitir trabalhadores”, denunciou Sérgio Nobre, presidente do Sindicato.

“Ninguém sabe o tamanho dos problemas na economia, por isso os empresários deveriam aguardar antes de tomar qualquer decisão. Mas eles preferem falar em demissão para, depois, poderem contratar os mesmos trabalhadores por salários bem menores. É por isso que a rotatividade é tão alta”, destacou o dirigente.

Para ele, é necessário que seja feito um diagnóstico real da crise, a partir desse diagnóstico, negociar alternativas civilizadas para os problemas.

“Sem isso, demitir ou cortar direitos é oportunismo ou chantagem. Essa idéia dá rumo ao seminário que o Sindicato organiza para debater saídas para a crise”, destacou Sérgio Nobre.

Miopia
O próprio ministro do Trabalho, Carlos Luppi, condenou a miopia de setores do empresariado.
“É gente que tem a visão na idade da pedra e quer matar a galinha de ovos de ouro propondo a redução salarial”, disse.