Patrões não melhoram proposta e trabalhadores intensificam mobilização

A proposta feita na rodada de negociação de terça-feira pela bancada patronal causou indignação nos metalúrgicos, que foram mais motivados para as ruas nesta manhã

Roberto Parizotti

Trabalhadores na Toledo garantiram disposição para a luta

A bancada patronal do Grupo 3 (que reúne os setores de autopeças, forjaria e parafusos) continua a desrespeitar os trabalhadores. Na rodada de negociação de terça-feira (15), o G3 ofereceu apenas 5,3% de reajuste salarial (4,44% de INPC e mais 0,8% de aumento real).

A atitude só deu mais força para os mais de dois mil metalúrgicos em seis empresas saírem às ruas na manhã desta quarta-feira (16) e continuarem a série de mobilizações, decidida na assembleia do último sábado


Em São Bernardo, os atos de protesto foram realizados na Toledo e na Kostal. Já os companheiros na Brasmeck e na Legas Metal saíram em passeata até a Apis Delta, todas em Diadema, onde fizeram um ato. Em Ribeirão, a mobilização aconteceu na Faparmas.

Negociação
Ainda não foi marcada uma nova rodada com a bancada patronal. Por enquanto, a reprovação anunciada pela Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) da CUT, anunciada na própria mesa de negociação, foi o último passo.

 

“Este índice não contempla a nossa categoria. Esperamos que o G3 nos apresente uma proposta concreta e melhore o reajuste. Os nossos sindicatos já iniciaram os protestos e paralisações que reuniram milhares de trabalhadores. Já orientamos as nossas bases a intensificarem os atos e protestos em todo o Estado”, explica Valmir Marques (Biro Biro), presidente da FEM-CUT.

Nesta quinta-feira (17), às 18h, os trabalhadores realizam assembleia na rua do Sindicato para definir os próximos passos da mobilização. 

Da Redação