Pauta aprovada!Hoje é na Fiesp
A pauta de reivindicações que a categoria entrega é por: Reajuste salarial pela inflação Aumento real Valorização dos pisos Jornada de 40 horas Licença maternidade de 180 dias
Segundo Sérgio Nobre, os acordos só saem quando a temperatura da campanha sobe nas fábricas
Casa cheia marca início da luta
“Quando a assembleia de abertura da campanha salarial registra a casa cheia como vemos agora, é sinal que a companheirada está entrando decidida nesta luta. E vamos precisar de muita pressão e mobilização durante as negociações, porque não é fácil convencer os patrões a dividir parte de seus lucros com os trabalhadores”, disse Sérgio Nobre, presidente do Sindicato, na assembleia realizada ontem na Sede.
Durante o encontro, os trabalhadores aprovaram as reivindicações que serão entregues hoje aos grupos patronais do ramo metalúrgico, em seguida ao ato que será realizado em frente ao prédio da Fiesp reunindo metalúrgicos de todo o Estado.
Clima – Na assembleia, Sérgio Nobre lembrou que cada grupo patronal tem uma realidade diferente.
“As vezes, o momento que vive uma montadora ou uma autopeças é diferente do setor de fundição ou de máquinas”. Por isso, disse ele, é preciso ter bom senso durante as negociações.
“A única certeza é que nenhuma negociação é fácil. É preciso criar um clima de campanha nas fábricas porque isso reflete na mesa de negociação”, comentou.
100 mil – O presidente do Sindicato lembrou que em campanhas anteriores os patrões só concordavam com determinadas reivindicações depois de assembleias na porta das fábricas ou com paralisações na produção.
“O envolvimento de cada um de vocês tem relação direta com o resultado das negociações e espero que mostrem isso durante a campanha”, afirmou.
Para este ano, Sérgio Nobre destacou que o foco é a questão salarial, além da licença maternidade de 180 dias.
“Queremos na campanha estender essa conquista para toda as trabalhadoras”, avisou.
Durante a assembleia, ele salientou que a categoria tinha mais um motivo para comemorar.
“Voltamos a superar a casa dos 100 mil metalúrgicos na categoria e isso só vai nos fortalecer ainda mais nesta campanha”, concluiu.
Categoria quer rediscutir fim do fator previdenciário
A assembleia de ontem também aprovou a entrega de pauta ao presidente Lula pedindo a reabertura de negociações em busca de alternativa que coloque fim ao fator previdenciário.
“O presidente acertou em dar o reajuste aos aposentados, mas não podemos conviver com uma herança tão nefasta do governo FHC”, argumentou Carlos Alberto Grana, presidente licenciado da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT.
O presidente Lula estará no ABC na próxima semana para a inauguração de um gasoduto.