PEC das 40 horas semanais pronta para ser votada
A última redução da jornada de trabalho ocorreu em 1988 (de 48 para 44 horas) e de lá para cá, a jornada se mantém na mesma. Confira o mapa da jornada de trabalho no mundo
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 231/95, que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salário e aumenta para 75% o valor da hora extra, já está pronta para entrar em votação no plenário da Câmara dos Deputados. Na terça feira (25), houve o último debate sobre o tema na comissão especial e o assunto ganhou destaque na imprensa porque os patrões compareceram em peso na sessão.
Foram às centenas mas perderam pela fragilidade de seus argumentos. Os patrões colocaram argumentos catastróficos alegando que a redução trará desemprego e a crise será agravada. Um representante do setor de construção chegou ao absurdo de dizer que as 40 horas reduziria o Programa Minha Casa, Minha Vida, deixando 48 mil famílias sem a sua moradia. Todos os empresários usavam um botom com a frase “44 horas é mais emprego”.
Em contraposição, o presidente da CUT Artur Henrique lembrou do compromisso do movimento sindical brasileiro com o desenvolvimento do País e do papel chave que teve na defesa do aumento do poder de compra dos salários e do fortalecimento do mercado interno para fazer frente à crise internacional.
Artur ressaltou que a última redução da jornada de trabalho ocorreu em 1988 (de 48 para 44 horas) e de lá para cá, apesar dos imensos avanços que alavancaram a produtividade, a jornada se mantém a mesma. “Todos os setores da economia cresceram ao longo dos últimos 21 anos, sem que o ao menos uma parte do aumento da produtividade fosse repassada ao salário do trabalhador. A maior parte desse ganho está com as empresas”, comparou.
Veja o mapa da jornada de trabalho semanal no mundo
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Infografico AE
Da Redação