Pelo fim do fator previdenciário

Uma das principais bandeiras da Marcha é a extinção do fator previdenciário, criado no governo FHC para arrochar a aposentadoria dos trabalhadores.
A reivindicação ganhou força após o IBGE divulgar pesquisa na última segunda-feira, que aumentou a expectativa de vida dos brasileiros em cinco anos, seis meses e 26 dias, desde que o fator foi criado, em 1999.
O resultado incidiu diretamente na tabela de cálculo da aposentadoria.
Após o levantamento, aumentou em quatro meses o tempo de serviço necessário para o trabalhador receber a mesma quantia que ganharia até sexta-feira passada.
Para o secretário-geral do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão (foto), o calculo é injusto por levar em consideração a expectativa de vida de quem nasce hoje e não a de quem está em condição de se aposentar atualmente.
“Quando eu nasci, a expectativa de vida era muito menor do que hoje”, lembrou.

Comparação
Há nove anos, um homem de 55 anos de idade e 35 de contribuição, com média salarial de R$ 1 mil, receberia R$ 840,88.
Hoje, nas mesmas condições, o valor da aposentadoria seria R$ 725,59. Isto é, 13,7% a menos.