Pena de morte, jamais!

O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, George W. Bush, tem sido rejeitado por boa parte do eleitorado americano devido a atitudes suas enquanto governador do estado do Texas, principalmente por negar clemência a dois casos recentes de aplicação de pena de morte.

Desde 1976, quando a pena de morte foi introduzida em 36 dos 51 estados daquele país, o número de homicídios desses mesmos estados tem sido muito maior em relação aos estados que preferiram não adotar a pena de morte. Aliás, o próprio Texas do candidato Bush é o campeão em criminalidade.

Os norte-americanos sabem, ainda, que um criminoso condenado a pena de morte chega a custar para o Estado (dinheiro público, pois) até seis vezes mais que um criminoso mantido em prisão perpétua, por exemplo. Isso por que qualquer caso que envolve a pena capital é longo, cheio de recursos e medidas que encarecem o processo, a fim de evitar o erro judiciário (condenação à morte de um inocente), o que poderia levar o Estado a ter que pagar uma indenização monstruosa.

No Brasil – A experiência americana serve de base àqueles que defendem a adoção da pena de morte no Brasil, sem se darem conta de que a eficiência da sua aplicação nos EUA nunca foi das melhores.
Vale lembrar que a adoção da pena de morte, ou mesmo a proposta de plebiscito sobre o tema, são absolutamente inconstitucionais.

O maior defensor da pena capital no Brasil foi o falecido deputado federal Amaral Neto, do mesmo partido de Paulo Maluf, que tem defendido em sua atual campanha eleitoral para a prefeitura de São Paulo a adoção de prisão perpétua, como se essa fosse uma atribuição dos prefeitos (não é), demonstrando estar envergonhado de assumir a defesa da pena de morte.

Em nosso país, devemos, sim, é refletir sobre a pena de morte que já é imposta aos milhares de desempregados, aos menores abandonados, aos aposentados, aos que passam fome e que são sempre esquecidos pelas nossas autoridades governamentais.