Pequim 2008 – Termina a maior Olimpíada da história

Os chineses encerraram
os Jogos Olímpicos
com muito a comemorar.

Mais do que a maior
olimpíada da história, eles
conseguiram um feito que
parecia impossível, terminar
a frente dos EUA no
quadro de medalhas. Em
oito anos, a China construiu
verdadeiras oficinas
de campeões e o resultado
veio em medalhas, 100 no
total, 51 de ouro. Os jogos
foram estratégicos para a
China mostrar ao mundo
que pretende se tornar uma
nova potência mundial.

O exemplo chinês já
começou a ser seguido. O
Reino Unido, sede dos Jogos
de 2012, já apresentou
uma evolução surpreendente
em Pequim, ao terminar
no quarto lugar.

Super atletas – Os atletas deram show.
Inúmeros recordes olímpicos
e mundiais foram quebrados,
principalmente no
atletismo e na natação.

O nadador norte americano
Michal Phelps se tornou
o maior atleta olímpico
de todos os tempos. Com
apenas duas Olimpíadas, ele
conseguiu 14 medalhas de
ouro, uma de prata e uma
de bronze.

Em Pequim, subiu ao
degrau mais alto do pódio
oito vezes e também quebrou
recordes em todas as
provas.

Já o velocista Usain
Bolt tomou conta das atenções
na segunda metade
dos Jogos. O jamaicano
garantiu o título de homem
mais rápido do mundo aos
vencer os 100 metros, 200
metros e o revezamento
4x100m.

De quebra, Bolt se tornou
o primeiro velocista a
quebrar três recordes mundiais
em apenas uma edição
dos Jogos Olímpicos.

Brasil não fez feio

Ao contrário do que
muito se tem dito, os Jogos
Olímpicos de Pequim
não foram um fiasco para
o Brasil.

Na verdade, o 23º lugar
no quadro geral de medalhas
– com três de ouro,
quatro de prata e oito de
bronze -, foi a nossa segunda
melhor participação,
só atrás de Atenas 2004 e
igual a Atlanta em 1996.

Expectativa a mais – O sentimento de frustração
demonstrado pela
população nos últimos
dias deve-se a expectativa
na qual o Brasil chegou a
Pequim. Além da maior
delegação de todos os
tempos, o País tinha também
um grande número
de atletas apontados como
favoritos.

Mas, inexplicáveis fracassos,
como os dos judocas
João Derly e Tiago
Camilo, do ginasta Diego
Hypólito, da saltadora
Fabiana Murer, da dupla
de vôlei de praia Ricardo
e Emanuel, dos meninos
do vôlei de quadra e das
meninas do futebol, mudaram
o que seria a melhor
participação brasileira em
Olimpíadas.

O próprio presidente
Comitê Olímpico Brasileiro
(COB), Carlos Arthur Nuzman,
admitiu a necessidade
de incluir psicólogos na delegação
do Brasil que vai aos
Jogos Olímpicos.

A atitude evitaria a repetição
do fracasso de alguns
atletas que tiveram desempenho
abaixo do que
conquistaram na carreira,
na contramão do demais
atletas do mundo, que chegaram
aos Jogos na melhor
forma física e mental.

Mulher brasileira em primeiro lugar

O grande destaque da
delegação brasileira ficou
mesmo por conta das mulheres.
Pela primeira vez
elas quase igualaram
a participação
masculina,
seis medalhas
contra nove.
Mas, se seguirmos
as mesmas
regras do quadro
de medalha, as
mulheres estão
na frente,
pois foram dois
ouros contra um dos homens.

Mais do que isso, em
quase todos os esportes foram
as primeiras medalhas
femininas em Olimpíadas,
como a de Fernanda Oliveira
e Isabel Swan, na classe
470 da vela, a de Natália Falavigna,
no taekwondo, e a
de Ketelym Quadros, no judô.
Isso sem falar nas douradas
meninas do vôlei de
quadra e na voadora Maurren
Maggi, que entraram
para história
da melhor
maneira
possível.

Não podemos esquecer ainda as guerreiras
do futebol feminino,
que emocionaram o
Brasil na perda da tão sonhada
medalha de ouro.
Apesar da derrota, o sentimento
geral é que elas são
vencedoras, principalmente
por superarem inúmeras
dificuldades que o esporte
impõe para, mesmo assim,
representá-lo com orgulho
frente a todo mundo.