Perspectivas econômicas com o início da vacinação
Desde o início da vacinação no país no dia 17 de janeiro, as expectativas sobre os impactos sanitários e econômicos tomaram os noticiários trazendo esperança e muitas dúvidas. Contudo, o caráter incipiente, atrasado, e a condução desastrosa por parte do governo federal, retarda as projeções de dias melhores.
O governo Bolsonaro tratou de avacalhar as relações comerciais entre Brasil e China de onde dependemos da importação dos insumos para produção das vacinas. Resultado: o cronograma de imunização é modesto e incapaz de oferecer uma retomada mínima da normalidade no primeiro semestre. Soma-se a isso os impactos já esperados pelo fim dos programas de transferência de renda e ainda a pressão inflacionária sobre alimentos com impacto aos mais pobres.
Os analistas de mercado estão revendo suas projeções do desempenho da economia para 2021. O Valor Econômico ouviu um conjunto de especialistas que afirmam que a restrição às atividades deve reduzir a expansão econômica de 4% a 4,5% para 2% a 3%. Insuficiente para equiparar a queda de 2020, que deve girar em torno de 5%.
Vacina para todos!
É dessa forma que, de uma vez por todas, vamos deixar esse pesadelo da pandemia para trás, mas vamos precisar também de um governo com postura oposta ao atual. O Brasil está órfão.
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