Pesquisa IBGE: Renda, população, emprego e estudo

A Síntese dos Indicadores Sociais, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a violência fez aumentar o número de mulheres em relação ao de homens. Aumentou o tempo em sala de aula, porém um terço dos adultos tinha menos de quatro anos de estudos completos, em 2003. Os pobres têm maior participação na renda que ainda é fortemente concentrada.

Acompanhe as outras conclusões da pesquisa:

Renda de ricos e pobres

O rendimento dos 10% mais ricos era 18 vezes maior que o dos 40% mais pobres e essa proporção caiu para 16,9 vezes.

Enquanto a renda média dos pobres caiu 3%, a dos ricos caiu 9%.

População é de 173 milhões

Desse total, 75 milhões estão na região Sudeste. No Estado de São Paulo são 38,8 milhões, sendo que na região metropolitana moram 18,6 milhões de pessoas, a maior concentração do País.

Desemprego e estudo

O desemprego afeta mais os jovens, as mulheres e os que têm mais de oito anos de estudo.

Enquanto a taxa de desemprego total ficou em 9,7%, entre os jovens de até 17 anos chegou a 19%, e para quem tem entre 18 a 24 anos o percentual ficou em 18%.

A explicação é que jovens e mulheres entram no mercado de trabalho para ajudar a família e para pagar os estudos. 

Crianças trabalhando

O número de crianças ocupadas na faixa etária de 5 a 13 anos chega a 1,3 milhão. Esse quadro é responsável, em parte, pela evasão escolar, que ainda atinge cerca de 5 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos. O percentual de crianças e adolescentes de 10 a 15 anos que trabalha e não recebe salário chega a 65% no Nordeste.

Poucas escolas

Boa parte dos estudantes não consegue terminar o 2º grau por causa das poucas escolas de ensino médio, principalmente nas cidades pequenas.

Essa pouca oferta de ensino público fez com que a rede privada ocupasse o espaço, e hoje representa um terço dos colégios no País.

Mais mulheres que homens

A violência fez aumentar o número de mortes entre jovens do sexo masculino, fazendo a taxa cair para 95 homens para cada 100 mulheres.

No Rio, essa proporção chega a 86 homens para cada 100 mulheres.

Na faixa dos 20 a 24 anos, a taxa de mortes violentas entre os homens é dez vezes superior que a das mulheres.