PIB brasileiro chega a R$ 4,1 trilhões em 2011

A economia brasileira cresceu 2,7% no ano passado na comparação com 2010, divulgou o IBGE. Isto significa que a soma das riquezas produzidas em 2011 chegou a R$ 4,1 trilhões e o PIB (Produto Interno Bruto) por pessoa ficou em R$ 21.252,00.

O resultado é bom, apesar de menor que a média registrada nos governo de Lula. Principalmente se for levada em conta a que o aumento foi sobre os 7,5% registrados em 2010.

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o crescimento é satisfatório, visto que foram gerados quase dois milhões de empregos formais no ano passado.

“O que nos levou a este resultado em 2011 foi um ajuste feito principalmente no primeiro semestre para reduzir o ritmo de crescimento, que vinha muito forte em 2010”, explicou.

“Fizemos isso, principalmente porque havia uma inflação mundial que corria o risco de contaminar o Brasil”, declarou. O ministro e revelou também que a deterioração da crise mundial surpreendeu o governo federal.

“Não contávamos com o agravamento. Se isto não ocorresse, o crescimento seria mais perto de 4% do que de 3%”, declarou Mantega.

Para ele, porém, o importante é que o País iniciou o ano com a economia aquecendo. “Isso já pode ser visto em novembro e dezembro e a trajetória vai continuar no primeiro e segundo semestres de 2012. A economia já está em trajetória de crescimento maior do que do ano passado”, disse.

Consumo das famílias cresce pelo 8º ano seguido
Por setores a agropecuária subiu 3,9%, serviços 2,7% e indústria (1,6%). No mesmo período, a despesa de consumo das famílias cresceu 4,1% – oitavo ano seguido de alta.

Este aumento das vendas no comércio ao longo de todo o ano foi resultado do crescimento da população empregada e da massa real de salários, ao lado da expansão do crédito ao consumo, sustentaram.

Dentro da indústria, o subsetor extrativa mineral teve alta de 3,2%. Já a indústria de transformação, que mais interessa á categoria, ficou estável sobre 2010, com leve avanço de 0,1%.

Em nota, o IBGE explicou este comportamento: “A indústria de transformação é o núcleo central de uma economia. Com essa turbulência no mercado externo, atividades que tem mais a ver com o resto do mundo tiveram mais impacto. De forma uniforme, toda a indústria de transformação caiu”.

Crise faz PIB de desenvolvidos diminuírem
A crise econômica fez o PIB das nações mais desenvolvidas crescerem menos que o do Brasil no ano passado. A exceção ficou com a Alemanha, que subiu apenas 0,3% a mais.

Na União Europeia, Reino Unido (-0,2%), Espanha (-0,3%), Itália (-0,7%), Portugal (-1,3%) e Grécia (-7%), viram suas economias encolherem por causa da crise.

Na Ásia, o Japão também sofreu e viu seu PIB encolher -0,9%. Poucos se salvaram do encolhimento e tiveram pequenas altas, como Estados Unidos e França (1,7% cada um).

Da Redação