PIB cai pela quarta vez seguida na Zona do Euro

"Crise não chegará ao Brasil", afirma o diretor Administrativo do Sindicato, Teonílio Monteiro, o Barba


Teonílio Monteiro, o Barba. Foto: Rossana Lana / SMABC

O Produto Interno Bruto (PIB) dos 17 países que formam a zona do euro recuou 0,6% nos últimos três meses de 2012, aprofundando a recessão na região.
Economistas definem recessão como dois trimestres consecutivos de contração do PIB e esta foi a quarta queda seguida no indicador.

A maior redução nos três últimos meses do ano passado ocorreu na Grécia, onde atingiu 6% diante de igual período no ano anterior.

Mas quem puxou realmente a queda foram as maiores economias da área, como Portugal, caindo 3,8%; Itália, 2,7%; Espanha, 1,8%; Alemanha, 0,6%; e França, 0,3%.

Apenas as minúsculas Estônia e Eslováquia cresceram no último trimestre do ano dentro da zona do euro, situação que pode se repetir no primeiro trimestre de 2013.

“A crise na Europa terá um período longo de recuperação, pois combina estagnação e arrocho econômicos, com taxas elevadas de desemprego e grande reação da sociedade”, analisou Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, diretor Administrativo do Sindicato.

“Todos – famílias, empresas e governos – estão muito endividados, fato que vai atrasar ainda mais a recuperação da zona do euro”, prosseguiu o dirigente.

“Recessão não vai chegar ao Brasil”
O diretor administrativo do Sindicato entende que o Brasil não corre o risco de entrar em recessão porque o governo federal enfrentou crise econômica de maneira completamente diferente da seguida na Zona do Euro.

“Enquanto lá eles recorriam aos bancos, aqui o governo ouviu os trabalhadores e estimulou os salários para incentivar o consumo”, lembrou o dirigente (Veja quadro com algumas medidas nesta página).

Segundo ele, basta olhar os indicadores atuais da economia para entender o sucesso dessas medidas. “As três principais despesas do governo federal – Previdência Social, gastos com pessoal e pagamento da dívida interna – estão controladas ou caindo; a taxa de câmbio para a indústria melhorou, a taxa de juros reais está em seu menor patamar histórico e o mesmo ocorre com o emprego – segundo o IBGE –, além da inflação estar sob controle”, citou.

Barba salientou que apenas com a queda de juros do Banco Central, o governo federal economizou R$ 36 bilhões (quase o dobro dos R$ 20 bilhões investidos no Bolsa Família).

Este mesmo movimento permitiu a redução dos juros do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que em 2013 disponibilizará R$ 100 bilhões em créditos para a compra de caminhões e máquinas. 

O diretor ressaltou, ainda, que o crescimento do País passou a ser o objetivo fundamental do governo Dilma. “Tudo isso afasta o fantasma da recessão”, afirmou.

“Porém não significa que o Sindicato deixará de acompanhar de perto todo o processo para garantir o respeito aos direitos dos trabalhadores”, concluiu Barba.  

Da Redação