PIB da Região sobe 10,4% até setembro de 2010
Crescimento econômico da Região é maior que o estimado para o Estado de São Paulo e Brasil
“A crise é um fenômeno que, para a região o ABCD, já passou. Prova disso é que o setor industrial foi o de maior crescimento em 2010. A indústria local puxa a nacional e alavanca outros setores, como comércio e serviços”, afirmou Bruno Caetano, diretor-superintendente do Sebrae-SP, durante apresentação de estudo realizado pela entidade em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), nesta quinta-feira (24/02), na sede do Consórcio Intermunicipal, em Santo André.
O estudo trouxe os principais dados socioeconômicos da Região, e revelou que no acumulado até o 3º trimestre de 2010 o IME-R (Indicador de Movimentação Econômica Regional) do ABCD teve forte aumento sobre o mesmo período do ano anterior (+10,4%), superando o estimado para o Estado de São Paulo (+6,9%) e Brasil (+8,4%). Ocorreram altas em todos os setores, com destaque para a indústria (+15,5%), seguida pelo comércio e serviços (+7,1%). O IME-R é um indicador composto relacionado ao nível de atividade econômica de determinada região. Assim, quanto maior a variação do IME-Regional, maior será a variação na movimentação econômica da região analisada.
Com esse resultado, o valor do IME-R total estimado para a região, acumulado até o 3º trimestre de 2010, foi de cerca de R$ 55,71 bilhões (ante R$ 50,47 bilhões no mesmo período de 2009), e a Região manteve-se na 4ª posição no Estado, em termos de valor do IME-R estimado, quando consideradas as vinte e seis regiões analisadas.
Além de o ABCD manter a vocação industrial, o economista André Chagas, pesquisador da Fipe, destacou outros dados significativos da Região apontados pela pesquisa, tais como o envelhecimento da população e a baixa da natalidade, um retrato do que Brasil será daqui a dez anos, de acordo com ele.
O diretor da Agência de Desenvolvimento Econômico, Valter Moura, destacou a capacidade de superação econômica da Região. “No ano passado crescemos mais do que a média do País, mesmo após uma crise econômica que prejudicou muito a indústria do ABCD. Continuamos sendo um dos maiores polos comerciais e industriais do Brasil, com PIB de R$ 75 bilhões”, afirmou. “Temos diversos Arranjos Produtivos Locais e polos de empresas, apoiados por nós e outras instituições, como o Sebrae-SP”.
Empreendedorismo e boa articulação entre os setores públicos e entidades que representam setores produtivos, empresários e empregados, são as características que definem o perfil do setor econômico do ABCD, destaca a gerente do Sebrae-SP na região, Josephina Irene Cardelli. “Há empresas atuando em setores fortes, como o de plásticos, gráfica e o de metalmecânico, mas o ABCD também abriga o setor de serviços de seus diversos ramos, como as 88 empresas ligadas ao Polo de Noivas. A Região é grande atrativo para investimentos”.
Frente à concorrência do mercado internacional, principalmente o chinês, André Chagas citou a importância de as empresas de todos os setores inovarem e se renovarem tecnologicamente.
Do ABCD Maior