Picapes e SUVs garantem a volta por cima da Fiat no Brasil

Herlander Zola revela: participação das picapes e SUVs dobra para 60% e a dos hatches cai de 70% para 40% em 5 anos.

O lançamento da Titano, que amplia de 67% para 97% a cobertura da montadora no segmento de picapes, serviu de palco para o vice-presidente sênior de Operações Comercias da Stellantis, Herlander Zola, esmiuçar a estratégia de sucesso adotada pela Fiat para dar a volta por cima e retomar a liderança no mercado brasileiro. Durante a apresentação da nova picape em evento realizado em Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, o executivo exibiu números que mostram a virada da marca a partir da acertada política de lançamentos nos últimos oito anos.

Mais do que uma virada em recuperação de volumes e receita, um grande salto em rentabilidade. “Em 2018, a linha de oferta de produtos Fiat era composta por 70% de hatches e 30% de picapes. Hoje são 60% de picapes e SUVs e 40% de hatches”, informou. No mesmo período de cinco anos, a participação da marca no total de emplacamentos no Brasil subiu de pouco mais de 13% para 21,7%, o que garantiu a manutenção em 2023 da liderança reconquistada em 2022 e reforçada ainda mais em 2024.

A retomada começou em 2016, com a entrada da Fiat no segmento de picapes intermediárias, com a Toro, e de SUVs, com o Pulse. Modelos de maior valor agregado que atraíram consumidores de maior poder aquisitivo para a marca. A grande virada, contudo, veio com o lançamento da nova Strada em 2020, conforme palavras do próprio Zola. Na época a marca já tinha conseguido ampliar um pouco seu market share, mas ainda estava abaixo dos 20%, detendo 16% das vendas totais de automóveis e comerciais leves.

No segmento de SUVs, a Fiat reforçou presença em 2022 com a apresentação do Fastback em setembro e no de picapes amplia agora a gama agora com a Titano. Durante o seu lançamento, Zola lembrou que o mercado de picapes elevou sua fatia de mercado de 13% em 2014 para 18% em 2023: “E este ano já está em 19%”. E o mais importante, de acordo com o vice-presidente sênior, é que o reflexo da estratégia de renovação da linha não se vê apenas em volume e faturamento maiores, mas especialmente na rentabilidade, fator decisivo para garantir novos investimentos e avanços da marca no País.

Do AutoIndústria