Pisos profissionais estão mais próximos do mínimo

No ano passado, 56%
dos pisos salariais negociados
por diversas categorias
atingiram, no máximo, 1,25
salário mínimo.

A tendência de aproximação
dos pisos ao salário
mínimo é decorrência dos
seguidos aumentos reais
que o menor salário oficial
do País recebeu nos últimos
anos.

As contas são de estudo
do Dieese ao analisar 646
acordos e convenções coletivas
em todo o Brasil.

Em 2005, o primeiro
ano em que o Dieese fez
este levantamento, 25% dos
pisos apresentavam patamar
similar ao mínimo.

Apesar desta concentração
de pisos mais perto
do salário mínimo, as negociações
de 2007 foram
favoráveis aos trabalhadores
porque asseguraram
aumentos reais de salário,
principalmente para os pisos,
que historicamente têm
tratamento diferenciado nas
negociações.

Foi o caso dos reajustes
nos pisos nas convenções
dos metalúrgicos da CUT,
que tiveram percentuais superiores
aos 2,5% de aumento
real dos demais salários.

Luta –
A correção dos pisos
é uma estratégia dos sindicatos
para que os trabalhadores
tenham uma remuneração
mais justa, a exemplo
da luta travada pelas centrais
sindicais em relação ao salário
mínimo.

Esse é o entendimento
do coordenador Dieese, José
Silvestre de Oliveira.
Ele destaca que, em
geral, as categorias que ganham
pisos salariais são minorias
nas folhas de salários
das empresas.

Oliveira chama atenção
para o fato de que o piso
salarial, quase sempre, é
concedido a trabalhadores
que estão começando numa
categoria.

Diferenças –
Os setores onde se ganha
menos, nas zonas urbanas,
conforme o economista,
são a construção civil e
a indústria de confecção e
vestuário.

“Em áreas mais estruturadas,
como a química
ou metalúrgica, os salários,
certamente, são mais altos”,
disse.