Plano para trocar geladeiras sai este semestre, garante ministro
Objetivo é substituir 10 milhões de refrigeradores usados por modelos novos. De acordo com ministro José Mucio, presidente Lula vai definir projeto após o Carnaval
O governo pretende lançar ainda neste semestre o programa que vai estimular a troca de 10 milhões de geladeiras usadas por modelos novos, que consomem menos energia elétrica e não poluem o meio ambiente. A informação foi dada nesta quinta-feira (19) pelo ministro de Relações Institucionais da Presidência da República, José Múcio.
Múcio participou, no Ministério de Minas e Energia, de reunião do grupo de trabalho sobre energia, do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que discutiu a matriz energética brasileira.
O ministro Edson Lobão (Minas e Energia) afirmou que logo depois do carnaval o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “vai bater o martelo” para que o programa comece a funcionar.
Potencial de sobra
De acordo com Lobão, o Brasil deverá aumentar a produção de energia elétrica em 50 mil Mw nos próximos dez anos. Ou seja, 50% sobre o que já é gerado atualmente no país, equivalente a 105 mil Mw. Ele disse que está havendo sobra de potencial e, por isso, o Brasil está negociando parte desse excedente.
Dentro de 2 anos a 2,5 anos vai haver troca de energia com a Venezuela, de 3 a 4 mil Mw, como já ocorre com outros países da América do Sul, de acordo com Lobão. Para tanto, terão que ser construídas linhas de transmissão nos dois territórios, ficando cada um com o custo da sua área.
“Essa troca de energia não vai envolver despesa mútua e dará mais segurança ao Brasil e ao país vizinho”. Já existe linha de transmissão entre a Venezuela e o Norte do Brasil, mas ela não suporta a transmissão de carga adicional, por isso é necessário criar outra estrutura.
O ministro de Minas e Energia assinalou que está afastada a possibilidade de racionamento ou apagão no país. Ele lembrou que, ao assumir a pasta, “aves agourentas” diziam que o Brasil ia ter apagão, porque o ministro não era da área. “No entanto, o que existe hoje é sobra de energia e o país está economizando 10% sobre o potencial que produzia antes do racionamento de 2001”.
Do Valor Online