Plataforma P-52: Petrobras retoma construção e gera emprego
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) emprestou R$ 1,1 bilhão para a Petrobras construir a plataforma semi-submersível P-52 que vai produzir petróleo e gás natural.
Serão empregados cinco mil metalúrgicos e gerados outros 20 mil empregos indiretos, além de contribuir para reativar a indústria naval no País.
Nacionalização
O BNDES trabalha com dinheiro repassado pelo Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT) oriundo do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
Guido Mantega, presidente da instituição financeira, destacou que o contrato cumpre a promessa de campanha do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, de levar o Brasil ao crescimento sustentável e aumentar o índice de nacionalização das plataformas.
O dirigente fez está afirmação porque para emprestar o dinheiro o BNDES exigiu que 60% da P-52 fosse feita no Brasil, gerando empregos aqui.
Durante o governo FHC, as plataformas foram construídas no exterior, criando empregos fora do País.
Empresa quer mais recursos
A Petrobras pretende investir R$ 160 bilhões até 2010 para construir 15 sistemas de produção. Seu objetivo é aumentar a capacidade de fornecimento de equipamentos para procurar petróleo em águas profundas no mundo inteiro e alcançar a produção de 3,4 milhões de barris/dia de petróleo, derivados e gás no Brasil. Atualmente a produção é de 2 milhões de barris/dia.
Já estão em andamento os contratos para a construção das plataformas P-51 e P-54, que junto com a P-52 custarão cerca de R$ 7 bilhões. Ainda não está definida quanto dessas obras será financiado pelo BNDES.
A Petrobras já pediu ao banco outros R$ 6 bilhões. Mas, por lei, ela só pode pegar mais R$ 600 milhões no BNDES. A estatal tem como obter o financiamento no exterior, mas teria que abrir mão do índice de nacionalização das plataformas. Portanto não geraria empregos no País.
O governo federal pode autorizar o empréstimo, mas o secretário do Tesouro, Joaquim Levy, não quer.