Plenária da CUT debate nova estrutura sindical

“Um sindicalismo independente vai garantir desenvolvimento com justiça social”, afirmou Barba.
Foto: Rossana Lana / SMABC

A 13ª Plenária Nacional da CUT, que começou nesta terça-feira (4) e se estenderá até sexta-feira, tem como tema central a liberdade e autonomia sindical para fazer avançar a organização no local de trabalho e garantir um novo padrão de desenvolvimento para o País.

“Temos vários desafios pela frente, que vão desde nossa organização sindical às questões mais abrangentes e nacionais como política industrial, reforma política e tributária, e educação e saúde públicas de qualidade, entre outros”, disse Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, diretor administrativo do Sindicato. “A CUT deve se preparar para disputar não só os rumos do movimento sindical como também do Brasil”, prosseguiu.

Ele lembrou que, nos últimos anos, o Congresso Nacional reconheceu as centrais sindicais, mas não houve avanços na organização no local de trabalho, a não ser com os Comitês Sindicais de Empresa no ABC, em Salto e em Sorocaba.

Nesta plenária, um dos debates será a atualização do Estatuto da CUT. “A reforma estatutária vai atualizar nosso projeto organizativo e político para colocar a Central em sintonia com a conjuntura do País e com o movimento sindical”, afirmou.

Para Barba, somente um sindicalismo independente e combativo terá poder para construir propostas de uma nação desenvolvida e sem miséria, com distribuição de renda e inclusão social.

“Minha expectativa é que a plenária aprove uma agenda positiva e um conjunto de ações dos trabalhadores”, adiantou o dirigente.

“A CUT tem uma pauta extensa e só com mobilizações vamos conseguir criar clima para pautar a discussão desses temas”, concluiu.

A plenária está sendo realizada em Guarulhos, com cerca de 600 delegados e delegadas de todo o País, sendo sete aqui do Sindicato. 

Programação vai até sexta
Nesta quarta-feira (5), depois da aprovação do regimento interno, haverá a apresentação dos dois eixos estratégicos: Disputar os rumos do país, na sociedade e no movimento sindical e Atualizar o projeto político-organizativo da CUT. Em seguida haverá a apresentação da campanha Liberdade e Autonomia Sindical.

Na quinta-feira (6), os grupos de trabalho vão debater, apresentar emendas e votar propostas. O dia termina com a exibição de filme sobre o 1º Conclat, realizado em 1981, momento de reorganização da sociedade civil e do movimento sindical.

Na sexta-feira (7), a plenária vai aprovar o plano de lutas e a nova composição da Direção Nacional da CUT.

Da Redação