Plenária quer fortalecimento dos Comitês Sindicais
Organização Sindical e Negociação Coletiva foi o tema dos debates de segunda-feira. Nesta quinta-feira tem mais três plenárias temáticas
Foto: Rossana Lana / SMABC
A plenária temática Organização Sindical e Negociação Coletiva, realizada nesta segunda-feira (31) à noite na Sede, aprovou uma série de ações focada no fortalecimento da representação no local de trabalho.
Os CSEs aprofundam o processo de negociação permanente com as empresas em busca de melhores condições de trabalho e de salário, além de debater temas relacionados ao trabalho com qualidade e qualificação profissional.
“Com o CSE as relações de trabalho são melhores, o trabalhador tem mais benefícios, a empresa ganha restaurante, a jornada diminui, o chefe passa a respeitar mais o trabalhador, a PLR sai”, disse Sérgio Nobre, presidente do Sindicao.
O CSE, segundo ele, leva seriedade às negociações e garante o cumprimento dos acordos. “Com Comitês em todas as empresas a vida seria melhor para os trabalhadores”, defendeu.
Sérgio Nobre voltou a destacar a necessidade de o Congresso aprovar o ACE (Acordo Coletivo Especial), proposta que nosso Sindicato entregou ao ministro Gilberto de Carvalho para o governo federal encaminhar ao Parlamento na forma de projeto de lei.
“A proposta leva em conta nossos 30 anos de experiência de organização no local de trabalho e queremos mudar para melhor as relações de trabalho. É uma proposta de estímulo à negociação coletiva, questionando pontos da estrutura sindical”, lembrou.
Sérgio Nobre voltou a criticar a atual estrutura sindical brasileira, dizendo que ela foi feita para não funcionar.
“Os sindicatos são divididos por ramos de atividade, com categorias fracas, a data-base limita a negociação a uma vez por ano e o imposto sindical sustenta os sindicatos, que não precisa dos trabalhadores”, enumerou.
O secretário geral da CUT, Wagner Freitas, disse que a central defende uma nova estrutura sindical.
“Queremos a construção de uma estrutura comandada pelos trabalhadores, sem a interferência do governo, já que o papel do movimento sindical deve ser o da transformação da sociedade”, afirmou.
Ele comentou que a atual estrutura sindical impede o desenvolvimento econômico, pois limita a participação dos trabalhadores na definição das políticas públicas. “Queremos fazer o Estado se movimentar sob nossa ótica”, concluiu.
As plenárias temáticas continuam na Sede na quinta-feira (3), com mais três temas: Relações Institucionais e Política de Desenvolvimento Regional e Economia Solidária.
A plenária de Cultura e Lazer, que também seria nesta quinta-feira, foi adiada e ainda não tem nova data.
Confira o calendário das plenárias: http://t.co/mWWygRKz
*Atualizado em 03/11
Da Redação