PLR é aprovada por 5 anos na Toledo

Acordo prevê ainda reajuste anual com base no índice da Campanha Salarial e mudanças se houver perdas para os trabalhadores


Assembleia na Toledo. Foto: Andris Bovo

Em assembleia realizada nesta quinta-feira (9), os companheiros na Toledo, fábrica de balanças em São Bernardo, aprovaram acordo que até agora só havia sido conquistado nas montadoras.

Trata-se de uma PLR válida por cinco anos. “Foi a primeira vez que chegamos a um acordo com prazo tão longo e ainda com um bom reajuste sobre o valor pago pela empresa no ano passado”, comemorou José Caitano Lima, do CSE.

“O acordo prevê ainda o pagamento de um valor fixo anual reajustado com base no índice da Campanha Salarial, mais uma meta sobre o faturamento da empresa”, completou Francisco das Chagas Sarmento, o Chico Picanha, também do CSE.

Para o coordenador de São Bernardo, Nelsi Rodrigues, o Morcegão, são acordos de longo prazo como o fechado pelos trabalhadores na Toledo que o Sindicato quer implantar cada vez mais.

“O Sindicato busca estabelecer acordos de longo prazo porque esta é a melhor forma de avançar em outras pautas”, prossegue o dirigente.

“Acordos como esse possibilitam abrir a agenda dos companheiros para discutir outros temas de interesse da categoria, como a proteção da indústria, do emprego ou ampliar nossa base de negociação, por exemplo”, finalizou Morcegão.

Os trabalhadores receberão a primeira parcela em outubro e a segunda em abril de 2013.

Aprovações em São Bernardo
A companheirada na Bozza aprovou a PLR durante assembleia na manhã desta quinta, que também informou sobre a Campanha Salarial de 2012. As parcelas serão pagas na próxima semana e em fevereiro de 2013.

Na Cookson, os trabalhadores aprovaram a PLR, que terá a primeira parcela paga até o final deste mês. O restante vai para o bolso do trabalhador em fevereiro de 2013.

Outra aprovação ocorreu na Carhej, onde os companheiros conquistaram um bom reajuste nos valores graças a mobilização e a pressão durante os três meses de negociação.

As parcelas serão pagas em setembro deste ano e em fevereiro do ano que vem.

Rejeição em Diadema
Na Oruom, em Diadema, a proposta de PLR foi rejeitada em assembleia por que os trabalhadores não concordam com os valores nem os prazos apresentados pela empresa.

Logo após a negativa, os companheiros aprovaram aviso de greve e vão aguardar serem chamados pela Oruom para voltar a negociar.

Da Redação