Pobreza é a menor nos últimos dez anos
Desde 2003, quando Lula assumiu a Presidência da República, até 2005, a queda do nível de pobreza no País foi a maior dos últimos dez anos. A miséria, que atingia 28% dos brasileiros há três anos, caiu para 22% no ano passado.
Isto significa que mais de oito milhões de pessoas passaram a ter vida digna em apenas três anos.
Em outras palavras, as políticas levadas a efeito pelo governo federal diminuíram em 20% a pobreza no País. Os dados são de pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Segundo o coordenador do levantamento, Marcelo Néri, a redução da miséria é resultado da retomada da oferta de empregos, programas de distribuição de renda do tipo do Bolsa-Família, inflação menor, alta do salário mínimo e à expansão dos gastos previdenciários.
Na avaliação de seu coordenador, a partir dos dados da pesquisa percebe-se que o Brasil já teria completado uma das Metas do Milênio, de reduzir a extrema pobreza à metade. Essa meta estava prevista para 2015.
Para o cientista político Octávio Amorim, também da FGV, este avanço social trouxe resultados visíveis na política. “A diminuição da miséria ajuda a explicar os excepcionais índices de intenção de voto no presidente Lula”, explicou ele.
Melhoras no campo e na cidade
O estudo apontou que a diminuição da pobreza nas cidades foi de 33% entre 2003 e 2005. “A miséria nas grandes cidades brasileiras, que tinha aumentado muito de 1995 para 2003, caiu de 22% para 16% da população. Isto mostra a reversão de uma crise que está associada a piores indicadores de violência e de desemprego”, observou Néri.
A miséria rural também teve uma grande baixa no período. Ela atingia 63% dos moradores no campo em 1993 e chega hoje a 46%, uma queda superior a 31%.
De acordo com Marcelo Néri, os principais responsáveis foram os programas de transferência de renda do governo federal.
Mais vida – Outro dado relevante apresentado pelo pesquisador é que o idoso brasileiro ganhou mais qualidade de vida no período e vive hoje mais e melhor do que em 1998.
A expectativa de vida a partir dos 60 anos aumentou de 18,5 para 19,1 anos para os homens, enquanto entre mulheres a variação foi de 21,3 para 22,1 anos.
Néri concluiu que, além do acesso aos programas de transferência de renda, os idosos têm hoje mais acesso a planos particulares de saúde, ao mesmo tempo que passaram a ter mais atenção do sistema público de saúde.