Pobreza impede desenvolvimento

Estudo do Banco Mundial mostra que a pobreza impede que os países da América Latina apresentem maiores taxas de crescimento econômico.

Para esses países terem condições de competir com a China e outras economias em desenvolvimento é preciso um combate mais efetivo da pobreza.

O documento do Banco Mundial mostra que a estratégia tem de ser a redução da pobreza voltada para o crescimento, com o objetivo de melhorar a qualidade da educação, expandir os ensinos médios e universitários e estimular investimentos em infra-estrutura.

“O desafio é fazer dos governos verdadeiros agentes que promovam a igualdade de oportunidades e pratiquem uma redistribuição de renda”, diz o relatório.

Comparação

Ele mostra que nos últimos vinte anos a América Latina cresceu apenas 0,8% e, nesse tempo, não apresentou mudanças significativas nos níveis de pobreza.

Já a China, nesse mesmo período, cresceu em torno de 8,5% ao ano, registrando uma redução da pobreza em 42%.

De acordo com o Banco Mundial, uma queda de 10% nos níveis de pobreza poderia gerar um aumento de 1% no crescimento econômico dos países.

Isso porque os pobres não participam de atividades geradora de renda que estimulem o investimento e o crescimento. Na América Latina, cerca de 25% da população vive com menos de dois dólares por dia, cerca de R$ 4,25.

Essa situação cria um círculo vicioso, em que o crescimento baixo leva a um alto nível de pobreza que, por sua vez, resulta em menor crescimento.

“O combate à pobreza não é bom somente para os pobres, mas também é bom negócio para toda a sociedade”, disse Guillermo Perry, economista do Banco Mundial para a América Latina.