Polêmica: O regime único na Previdência

Uma das mais complicadas reformas anunciadas pelo governo é da Previdência. A proposta é a criação de um regime único. Ou seja, direitos iguais para todos os trabalhadores, principalmente em relação aos benefícios.

Hoje, servidores públicos, juízes e militares se aposentam com um benefício igual ao último salário. Já aos trabalhadores na iniciativa privada, caso dos metalúrgicos, o benefício é calculado por uma média salarial, mas o teto máximo é de R$ 1,5 mil.

O governo FHC tentou mudar a Previdência nestes setores mas não conseguiu. Mudou muitas regras como o tempo de serviço que passou para tempo de contribuição e idade mínima. Outra mudança importante foi nas regras da aposentadoria especial. Atualmente é quase que impossível conquistar esse benefício. Essa mexida foi uma das que mais afetou direitos em nossa categoria.

O ministro da Previdência Ricardo Berzoini prometeu um diagnóstico da Previdência nesta sexta-feira, dia em que o ógão completará 80 anos, e quer discutir a reforma com a sociedade até abril. Ele alega que os gastos da Previdência no setor público foram os que mais cresceram.

Como é a aposentadoria em outros setores:

Servidor civil – aposentadoria de acordo com último salário. A contribuição é de 11% sobre o salário integral.

Juiz – aposenta-se com 35 anos de serviço, contribuindo com 11% do salário integral. A média de benefício é R$ 7 mil.

Procurador federal – também contribui com 11% e tem benefício integral, em média R$ 11 mil.

Militar – recolhe 7,5% do salário e se aposenta com 30 anos de serviço com salário médio de R$ 4 mil.

Policial civil – contribui com 11% do salário integral e se aposenta com 30 anos de serviço. O benefício é integral conforme o último salário.

Policial federal – aposenta-se com último salário da ativa, após 30 anos de serviço e contribuição de 11%.