Polistampo volta à jornada normal
Produção volta aos níveis pré-crise econômica mundial e acordo de redução de jornada é cancelado.
Jornada na Polistampo volta ao normal
Os companheiros na Polistampo, autopeças em Diadema, voltaram a cumprir jornada normal de trabalho nesta semana. A empresa antecipou o fim do acordo de redução de jornada, previsto para terminar dia 2 de março.
A estabilidade no emprego ficou mantida até abril.
“A Polistampo nos avisou que a produção voltou ao normal”, disse José Mourão, diretor do Sindicato. Previsto para durar um mês, o acordo de redução foi firmado no final de janeiro.
“Parece que aos poucos a economia está retornando ao que era antes da crise econômica mundial”, emendou o dirigente.
Sinais da retomada
Segundo ele, fábricas na área em que atua e que consultaram o Sindicato para acordos semelhantes ao da Polistampo, também estão voltando atrás porque perceberam que a produção, especialmente no setor automotivo, está reagindo e os pedidos habituais voltaram a acontecer.
A nova situação da Polistampo é mais uma a confirmar os indícios de que a produção está retomando aos níveis pré-crise. Os indicadores diários da produção de carros em fevereiro, por exemplo, já são maiores que os de janeiro.
Fiamm foi a primeira a voltar atrás
A Fiamm, de São Bernardo, também autopeças, foi a primeira a cancelar acordo de redução de jornada. Da mesma forma que na Polistampo, ela manteve a estabilidade até abril.
O cenário que levou a Fiamm a tomar tal medida foi o mesmo: retomada na produção.
“Teve empresa que decidiu reduzir jornada sem antes avaliar o tamanho da crise”, disse Moisés Selerges (foto), coordenador de base de São Bernardo. Segundo ele, as empresas deveriam avaliar melhor o cenário antes de procurar o Sindicato com propostas que colocam em risco o emprego e a renda dos trabalhadores.
Para Moisés, o ambiente que levou à queda na produção das autopeças foi criado pela falta de planejamento das montadoras, ao não confiar que o mercado de automóveis reagiria neste início de ano.