Políticas de desenvolvimento fizeram desigualdade diminuir

O ministro do Trabalho Luiz Marinho afirma que a integração de políticas sociais e de crescimento econômico foram responsáveis para reduzir a pobreza no Brasil conforme apurou o IBGE.

Emprego muda panorama social

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) mostrou a diminuição da desigualdade no País, revertendo uma tendência de 13 anos, além do crescimento do emprego e do poder aquisitivo. Para o ministro do Trabalho Luiz Marinho, esses resultados mostram que o governo Lula está no caminho certo, mas já é hora do Banco Central baixar os juros para o Brasil crescer ainda mais.

Os dados do PNAD podem ser entendidos como uma surpresa?
Nós esperávamos esse resultado pela convicção que temos do trabalho realizado desde o início pelo governo Lula. O presidente traçou uma estratégia que garantiu política de estabilidade, crescimento econômico e geração de empregos. E crescimento econômico com inclusão e justiça social.

É também resultado das políticas sociais?
São três anos consecutivos que a miséria cai, refletindo o acerto da integração entre desenvolvimento econômico com desenvolvimento social e políticas voltadas efetivamente para a promoção dos pobres. É o início de um processo que levará o Brasil ao caminho do desenvolvimento com distribuição de renda para aquelas famílias que até então estavam totalmente excluídas da condição de cidadania.

Qual a principal transformação?
É a recuperação do emprego formal, que cresceu 6,6% em 2004. Foi um dos fatores decisivos para essa transformação social. O que nós queremos é um País com justiça social e que garanta a todos os direitos básicos. Isso é um processo e nós estamos avançando. É bom lembrar que entre 95 a 2002 a recessão fez grandes estragos. Em 95 a taxa de desemprego era 6% e foi bater em 9,7%. A média salarial cai de R$ 900,00 até chegar em 2003 em R$ 733,00. Interrompemos o desastre para começar a colher os frutos que plantamos.

Então temos o que comemorar?
A pesquisa da Fundação Getúlio Vargas também mostrou que o Brasil está cumprindo algumas metas do milênio. Pelos dados, atingimos com antecedência a primeira das metas, que prevê a redução pela metade do número de miseráveis até 2015.

E a reivindicação das centrais de recuperação do salário mínimo?
Estamos discutindo com o movimento sindical a idéia de ter uma política permanente de valorização do salário mínimo. Com isso, nós garantimos um processo de crescimento sustentável de distribuição de renda. Tenho certeza que seu valor será maior que os R$ 321,00 já aprovados no Congresso.

Quais os números a serem apresentados?
Geramos mais de 3 milhões e 800 mil novos empregos. Tenho certeza que o ano que vem continuaremos comemorando a retomada do crescimento do emprego e do salário dos trabalhadores. Mantivemos o declínio do trabalho infantil, pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil. Acredito que até o próximo ano sejam retiradas todas as crianças e adolescentes que vivem essa situação.

O jovem está tendo atenção?
A questão do jovem no mercado de trabalho é muito séria. O Primeiro Emprego é uma parte do Programa do Consórcio Social da Juventude para qualificar o jovem. Temos também o Pró-Jovem para elevar a escolaridade. Precisamos, ao mesmo tempo, gerar as vagas e preparar a juventude para o mercado de trabalho.

E a correção da tabela do imposto de renda?
Ano passado,  tínhamos uma defasagem do período do governo Lula de 17%. Foi corrigida a tabela a partir de janeiro deste ano em 10%, restou resíduo de 7%. Nós estamos trabalhando para corrigir a tabela e discutindo com o movimento sindical qual o tratamento a ser dado.

E a polêmica com a área econômica?
Não há polêmica porque os resultados estão aí. O que existe é um excesso de zelo do Banco Central e são necessários alguns ajustes, como a redução da taxa de juros. O Brasil precisa continuar em crescimento.

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