Polo Tecnológico do ABCD segue indefinido

O Polo Tecnológico do ABCD continua indefinido. Isso porque a iniciativa tem até agora 57 mil metros quadrados de áreas confirmadas, enquanto que para receber o pré-credenciamento do projeto no SPTec (Sistema Paulista de Parques Tecnológicos) e receber recursos estaduais são necessários 200 mil metros quadrados. Os representantes da Agência de Desenvolvimento Econômico, estiveram nesta quarta-feira (28/07), na Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, para entregar a documentação final para o pré-credenciamento.

As áreas confirmadas até o momento são de incubadoras de empresas, áreas disponibilizadas por Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Nos próximos 10 dias a secretaria se manifestará sobre o resultado do pré-credenciamento.  A Agência tem um levantamento de áreas do ABCD que podem integrar o polo, mas que ainda não estão confirmadas. Juntas, as iniciativas totalizam mais de 400 mil metros quadrados em áreas que poderão ser utilizadas para o desenvolvimento de novas tecnologias na Região.

De acordo com coordenador de Relações Institucionais da Agência, Luiz Augusto de Almeida, realmente existe o risco do governo do Estado fazer novas exigências para o pré-credenciamento do polo, o que poderá atrasar ainda mais a execução do projeto. Porém, Almeida lembra que o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que o projeto regional poderia contar com áreas que já são utilizadas para o desenvolvimento de tecnologia. “Se o projeto for pré-credenciado, faremos o estudo financeiro e de viabilidade”, indicou.

Para o estudo de viabilidade a Agência pede R$ 800 mil do governo do Estado. Caso o dinheiro não seja entregue, a entidade poderá realizar o estudo com recursos próprios. Com o estudo de viabilidade, as cidades que já demonstram interesse poderão formalizar a vontade de participar. A maior parte das universidades do ABCD já firmou compromisso com a Agência. Uma das empresas que demonstrou interesse no projeto é a Dura Automotive, de Rio Grande da Serra. Almeida explicou que dentro do Polo Tecnológico, as empresas terão incentivos municipais, estaduais e federais.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Luciano de Almeida, antes do pré-credenciamento, alguns técnicos visitarão as áreas locais que foram propostas para o Polo. “O mais importante é entender a estrutura. Não vejo problema em ter dois polos tecnológicos em uma mesma Região, como poderá acontecer com o parque [tecnológico] de Santo André e o polo do ABCD”, avaliou.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Diadema e coordenador do GT (Grupo de Trabalho) do Polo Tecnológico, Luis Paulo Bresciani, que participou da entrega da documentação, ressaltou que este é um projeto diferente para incluir um conjunto de cidades, instituições, representações e ações que já estão em andamento. “Tenho uma expectativa muito boa em relação a este acolhimento”, indicou.
 

Da redação com ABCD Maior