Polo Tecnológico: Por um novo conceito de formação profissional

O presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, defende a criação de um novo conceito de formação e qualificação profissional como um dos principais papéis reservados ao futuro Polo Tecnológico da região

O presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, defendeu a criação de um novo conceito de formação e qualificação profissional como um dos principais papéis reservados ao futuro Polo Tecnologico da região. Ele participou do seminário Polo Tecnologico do Grande ABC, encerrado na tarde desta quarta-feira (21), no auditório do Senac Santo André.

Segundo Sérgio Nobre, existe a ideia de que o polo deve servir apenas como um ambiente de negócios. Ou seja, desenvolver tecnologia para empresas ou para que melhorem sua produção.

“É isso também. Porém, no futuro, algumas profissões serão valorizadas de acordo com as demandas nascentes da economia e o polo deve dar conta de formar esses profissionais”, afirmou, sugerindo que esta será uma das tarefas das universidades, do Senai e dos centros de formação da região.

Esse também é um caminho, acredita Sérgio Nobre, para que as empresas articuladas no Polo Tecnológico possam adotar a agenda do trabalho decente. “Podemos dar um importante passo para a valorização do trabalho e salarial”, previu.

Focos

O presidente do Sindicato disse ainda que, na visão dos trabalhadores, o polo deve ter duas vocações especiais. Uma é a mobilidade humana. Uma preocupação que sairia dos projetos das montadoras, combinada à forma como as pessoas usariam os veículos, sejam os individuais, os coletivos e os de carga, até a concepção urbana das cidades.

“Sem pensar isso, dificilmente resolveremos os problemas de logística, trânsito e de qualidade de vida que o ABC enfrenta”, salientou Sergio Nobre.

A segunda preocupação é o pré-sal, pelos recursos econômicos e sociais que vai gerar. Cada plataforma poderá criar cinco mil empregos por três anos, em média. São 30 delas para a Bacia de Santos. Já os recursos sociais podem girar em torno de R$ 15 bilhões ao ano pelos próximos anos, segundo o Ministério da Fazenda.

Pelo desenho até agora apresentado, o Polo Tecnológico do ABC deverá ser dividido em parques tecnológicos por cidades, geridos conforme um planejamento regional.

Da Redação