Por que não agora?
Estamos chegando ao final de mais um ano, planejando como enfrentar os novos desafios e, no entanto, problemas antigos ainda sem solução continuam nas prateleiras como questões a serem resolvidas.
Há praticamente 20 anos as doenças músculo esqueléticas relacionadas às atividades de trabalho, conhecidas como LER ou DORT, aparecem no topo das listas.
São as doenças mais freqüentes na maioria das profissões. Dominam o rol das maiores causas de absenteísmo e perda de produtividade para as empresas.
São um pesadelo para a Previdência Social, onde os custos dos benefícios e indenizações representam uma carga pesada para a economia do País.
Além disso, pagar a conta de tratamento médico e reabilitação de milhares de trabalhadores é um enorme desperdício de recursos para uma sociedade cuja saúde pública tem tantas carências.
Por outro lado, os fatores que levam a esse problema são amplamente conhecidos como, por exemplo:
– Desarranjo ergonômico dos postos de trabalho.
– Aumento ou acúmulo de funções e atividades, a chamada intensificação do trabalho.
– Falta de planejamento adequado de pausas para descanso e férias.
– Extensão da jornada acima do aceitável, com horas extras e trabalho nos finais de semana.
– Estabelecimento de metas produtivas incompatíveis com a quantidade de mão de obra.
– Falta de liberdade e autonomia para os trabalhadores administrarem problemas referentes ao seu próprio trabalho.
Uma repressão crescente, controles rígidos e principalmente os meios eletrônicos utilizados supostamente como medidas preventivas têm agravado a situação.
Se já sabemos como resolver, como agir e como fazer, então porque não fazer?
Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente