Por um ano melhor

Frequentemente nós tendemos a achar que as histórias são diferentes umas das outras.
Histórias de mulheres brancas, homens brancos, mulheres negras, homens negros, pessoas com deficiências, pessoas obesas ou magras, jovens ou maduras.

Mas, ao contrário do que pensamos, quando se trata do mundo do trabalho, as histórias se repetem independentemente do gênero, da cor da pele, das condições físicas ou psíquicas.
São histórias parecidas, de trabalhadores metalúrgicos que diariamente convivem com si-tuações de opressão, intolerância e desrespeito.

Eles estão igualmente submetidos a condições precárias de trabalho, que valorizam a produção e degradam o ser humano e que estão presentes no dia a dia de muitas pessoas.
O número dos que se acidentam no trabalho ou que adoecem em decorrência dos problemas organizacionais da produção e das situações de estresse geradas pelo trabalho confirmam esse fato.

No entanto, esta reflexão é necessária para apontar que, embora as pessoas tenham suas diferenças individuais, têm em comum o fato de estarem todas igualmente submetidas àqueles que detém o poder.

Assim, nossa mensagem de final de ano para a categoria metalúrgica é que, apesar das suas diferenças étnicas, de gênero, de constituição física e de idade, pense em si como resultado da união de todos, abandonando os particularismos e resolvendo seus problemas de forma coletiva, organizada e sob o manto da classe trabalhadora.

Ao enxergarmos ao nosso lado companheiros e companheiras trilhando o mesmo caminho, dispostos a ultrapassar as fronteiras do preconceito e do desrespeito, teremos a certeza de estarmos prontos para um 2010 mais justo, mais feliz e menos desigual.

Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente