Preço do carro zero cai 2,5% no ano

Só em setembro, a redução foi de 0,26%

Você vê todos os dias na televisão, lê nos jornais as ofertas de preços de carro zero. Redução do valor do IPI, desconto etc. E diante da grande concorrência que existe hoje no mercado brasileiro, algumas montadoras anunciam redução do preço de tabela, mesmo quando chega a linha nova. Em alguns casos os carros ganham equipamentos e mantêm o preço.

Uma leitura superficial desse quadro que a gente vê todos os dias na mídia pode dar uma impressão errada do que acontece efetivamente no mercado. É verdade que os preços estão e queda, mas trata-se de uma redução limitada, nada que possa provocar estímulo à compra.

O levantamento mensal do Preço de Verdade (o preço realmente praticado no mercado) feito pela Agência Autoinforme, com cotação Molicar, mostra que setembro apresentou mais uma queda, de 0,26% e que no acumulado do ano os preços estão em média 2,5% mais baixos. Isso confirma uma tendência importante para o consumidor, de baixa dos preços, mas o desconto não é tão significativo; não muda o patamar do mercado.

Se o mercado está crescendo e continua animado mesmo depois do início do retorno do IPI, com certeza a causa não é a queda nos preços, mas sim outros fatores, como a redução dos juros e a facilidade de crédito. Tanto que a incorporação da primeira parcela do IPI, de 1,5% a partir de outubro já provocou aumento doas preços de tabelas. Resta saber se o consumidor vai absorver esse aumento outros fabricantes terão de repassar bônus para os seus concessionários para manter o ritmo de venda.

A queda de 2,5% representa a média geral do mercado, quer dizer, muitos carros tiveram uma queda de preço bem maior, enquanto outros até aumentaram o preço.

O BMW X3 foi o que mais caiu: 11,4%. O Honda City LX perdeu 7,5% e o Livina, da Nissan, -5,1%.

A desvalorização média de 2,5% foi muito significativa. Veja no gráfico que, durante todo este ano, os preços baixaram enquanto permaneceu o IPI zero para carros de 1000cc. No balanço de outubro veremos se o retorno do imposto (mesmo que gradual) já terá influído no comportamento dos preços no varejo.

Da Agência AutoInforme