Preços de alimentos recuam e IPCA cede de abril para maio

Preços de vários produtos caíram ou recuaram. Tarifas aéreas puxaram para baixo o resultado geral. Combustíveis diminuíram Total em 12 meses está em 6,37%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve variação de 0,46% em maio, perdendo força em relação a abril (0,67%) e acima de igual mês do ano passado (0,37%). Foi o segundo recuo mensal seguido. A taxa no ano está acumulada em 3,33%, maior que a de igual período em 2013 (2,88%). Em 12 meses, soma 6,37%, índice também superior aos dos 12 meses imediatamente anteriores (6,28%). Os resultados foram divulgados na manhã de hoje (6) pelo IBGE.

A taxa menor no mês foi determinado pela redução de preços de alimentos e no setor de transportes. O grupo Alimentação e Bebidas, por exemplo, passou de 1,19%, em abril,para 0,58%, enquanto Transporte foi de 0,32% para -0,45%.

Vários itens caíram ou reduziram o ritmo no mês passado. A exceção foi o tomate: de -1,94% para 10,52%. Tiveram variação menor ou queda, entre outros, a farinha de mandioca (-3,66% para -10,59%), hortaliças (de -1% para -3,81%), açúcar refinado, (2,17% para -1,97%), feijão carioca (de 4,71% para 0,03%), carnes (de 1,83% para 0,40%), óleo de soja (de 3,85% para 1,22%) e leite longa vida (de 3,37% para 1,7%).

Em transportes, o IBGE destaca a queda de 21,11% nas tarifas aéreas, o que representou redução de 0,11 ponto percentual no índice total. Também caíram os preços dos combustíveis (0,67%), com recuo de 2,34% no litro do etanol e de 0,35% na gasolina. O instituto apurou ainda retração nos preços de automóveis usados (-0,24%), tarifas de ônibus interestaduais (-0,25%) e seguro voluntário (-0,48%).

As principais altas de maio vieram dos grupos Artigos de Residência (de 0,20% para 1,03%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,01% para 0,98%). Os destaques foram os preços de eletrodomésticos, com elevação de 2,12%, e dos remédios (1,47%), “este último  refletindo a parcela complementar do reajuste autorizado em março”.

Habitação também variou menos (de 0,87% para 0,61%), segundo o IBGE por influência da região metropolitana de São Paulo (-1,66%),  com variação de -21,98% na taxa de água e esgoto, que totalizou -5,25%, “reflexo dos efeitos do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água”. As tarifas de energia elétrica subiram 3,71% e foram responsáveis pelo principal impacto de alta no IPCA (0,1 ponto percentual). Também aumentaram os preços de artigos de limpeza (1,1%) e aluguel (0,82%).

Nos outros grupos, Despesas Pessoais foram de 0,31% para 0,80% (com altas de 1,48% em manicure, 1,31% em cabeleireiro e 0,82% no item empregado doméstico), Vestuário passou de 0,47% para 0,84%, Educação, de 0,03% para 0,13% e Comunicação, de 0,02% para 0,11%.

O maior índice regional foi apurado na região metropolitana de Recife (1,16%), com alta de 16,65% nas tarifas de energia elétrica e de 1,23% nos alimentos. O menor foi o de Brasília (-0,08%), com queda de 18,51% nos preços das passagens aéreas. O IPCA variou 0,79% em Belém, 0,67% em Belo Horizonte, 0,32% em Campo Grande, 0,46% em Curitiba, 0,41% em Goiânia, 0,75% em Porto Alegre, 0,55% no Rio de Janeiro, 0,38% em Salvador, 0,12% em São Paulo e 0,31% em Vitória. Os acumulados em 12 meses vão de 5,14% (Belém) a 7,61% (Rio).

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) passou de 0,78% em abril, para 0,60%. Em maio do ano passado, a variação foi de 0,35%. O indicador está acumulado em 3,52% no ano (acima de igual período de 2013, 3,02%). Em 12 meses, chegou a 6,08%, taxa também superior à dos 12 meses imediatamente anteriores (5,82%).

Da Rede Brasil Atual