Prefeitura de São Paulo exigirá comprovante de vacinação para entrada em estabelecimentos
Medida busca incentivar o avanço da vacinação na capital e frear o negacionismo
A prefeitura de São Paulo exigirá o comprovante de vacinação contra covid-19 para as pessoas entrarem nos estabelecimentos da cidade. A medida anunciada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), nesta segunda-feira (23), será aplicada em eventos, shoppings, restaurantes e outros locais fechados.
Os paulistanos deverão baixar o aplicativo, que será lançado até a próxima sexta-feira (27), para efetuar o cadastro e emitir um QR Code. Dessa maneira, os estabelecimentos se certificarão dos clientes que se negaram a receber a vacina contra covid-19, e caso não estejam imunizados serão barrados.
O objetivo da ação é incentivar o avanço da vacinação na capital. O cidadão deverá baixar o aplicativo e-SaudeSP, da prefeitura, que apresenta todas as informações de saúde do usuário, com base nos dados do Ministério da Saúde. Pessoas que tiverem dificuldade em baixar a ferramenta poderão apresentar o comprovante físico.
“É um serviço importante porque às vezes a pessoa recebe a carteirinha de vacinação e esquece. Muitos não tomaram a segunda dose – hoje são 211 mil na cidade de São Paulo por conta de esquecimento. Mas o objetivo principal é mesmo o passaporte para adentrar os locais autorizados pela Vigilância Sanitária, como eventos”, afirmou Nunes.
Comprovante de vacinação
A obrigação do comprovante de vacinação para entrar em espaços públicos já foi utilizada em outros países. Na França, por exemplo, centenas de milhares de pessoas agendaram suas vacinações após o presidente Emmanuel Macron anunciar a medida, em julho deste ano.
O Reino Unido também exige comprovante de vacinação completa para permitir que os ingleses frequentem casas noturnas e outros locais com aglomerações. A Itália também adotou a medida para controlar a pandemia no país.
Nesta segunda, a capital paulista iniciou a vacinação contra a covid-19 de adolescentes de 12 a 15 anos com comorbidades, deficiência permanente (física, sensorial ou intelectual), gestantes e puérperas. Inicialmente, os adolescentes receberão apenas imunizantes da Pfizer, a única vacina autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a ser aplicada nessa faixa etária.