Prefeitura toma providências para viabilizar reabertura da Cidade da Criança

Durante vistoria ao parque, reinaugurado em dezembro, prefeito apresentou problemas estruturais que colocam em risco a segurança dos visitantes

O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, disse, durante vistoria na Cidade da Criança, que a Prefeitura está tomando todas as providências para que o parque volte a funcionar o quanto antes, com segurança. “O parque não está pronto para uso, pois apresenta diversos problemas estruturais e também nos equipamentos, que já estamos resolvendo. Vamos criar condições para que os pais possam trazer seus filhos, com segurança”, afirmou o prefeito, que esteve acompanhado dos secretários de Obras, Antonio Carlos da Silva, e de Educação e Cultura, Cleuza Repulho.

Segundo o chefe do Executivo, o maior entrave para colocar o parque em funcionamento é a questão orçamentária. No Orçamento de 2009, a administração anterior destinou R$ 1 milhão para o parque. No entanto, o demostrativo do custo anual, também da administração anterior, mostra que o custo de manutenção é de R$ 9 milhões. “Estamos trabalhando para consertar todos os problemas, mas estamos engessados, pois só podemos remanejar 5% do orçamento”, disse.

Reinaugurado em 19 de dezembro com a denominação de Parque Educativo, o espaço foi fechado no dia seguinte sob a alegação de restrição da Lei Eleitoral para a contratação de funcionários. No entanto, em janeiro, a atual administração constatou que o local não tinha condições de ser aberto para a população, uma vez que foram encontrados problemas estruturais graves que colocam em risco a segurança dos visitantes.

Durante a vistoria, realizada com a presença da imprensa, o prefeito apresentou as principais falhas, como a inexistência de instalação elétrica para todos os equipamentos, impedindo, assim, seu funcionamento. Também foram visitados o Submarino, o Planetário e o playground “All Incluse”.

Apesar de o parque ter sido inaugurado com uma proposta educacional inclusiva, o local não possui equipamentos adequados para deficientes, como piso podotátil, rampas de acessibilidade e barras de segurança. De acordo com a secretária de Educação, a falta de acessibilidade impede, inclusive, o acesso ao playground “All Incluse”, onde foram instalados jogos para pessoas com necessidades especiais. “O parque também não atende a proposta educacional. É um bom espaço de lazer, mas para ser considerado educativo teria que ser mudada toda a concepção”, explica.

Já o Submarino, uma das principais atrações do parque, precisou ser totalmente esvaziado, pois estava apresentando vazamentos. “O local havia sido impermeabilizado e pintado sem, no entanto, receber a reforma necessária. Mas já estamos cuidando dos reparos na tubulação do tanque”, disse o secretário de Obras.

O prédio do Planetário, que ainda não existe, é um dos que possuem maior defasagem na instalação de equipamentos. Segundo a secretária de Educação, o correto é adquirir o equipamento para depois construir a estrutura de forma adequada. “No entanto, aqui foi feito o contrário. Para resolver essa questão, teremos que contratar um especialista em planetários, que dirá como o espaço poderá ser aproveitado”, conta.

Da Prefeitura de São Bernardo