Prefeituras farão diagnóstico para analisar tamanho da crise na região
Os representantes das cidades terão até o fim deste mês para apresentarem um diagnóstico preciso dos efeitos da crise nas cidades, principalmente nos dois setores mais atingidos: automotivo e construção civil
O primeiro encontro dos secretários de Desenvolvimento Econômico das sete prefeituras da região, organizado pelo Consórcio Intermunicipal do ABC, foi realizado nesta quarta-feira (11). Os representantes das pastas terão até o fim deste mês para apresentarem um diagnóstico preciso dos efeitos da crise nas cidades, principalmente nos dois setores mais atingidos: automotivo e construção civil.
“Sabemos que a crise econômica é mundial e que chegou ao nosso País, mas aqui na região ela apresenta uma característica muito heterogenia. Apesar disso sentimos que os setores automotivo e da construção civil são os mais atingidos, por este motivo vamos focar os trabalhos neles”, comenta o secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Econômico, Fausto Cestari, que coordenou o encontro.
Somente após um estudo detalhado da situação é que ações específicas serão tomadas. Uma outra reunião entre os secretários está prevista para ocorrer no próximo dia 26, já com os resultados levantados. Outros pontos discutidos no encontro foram a falta de crédito para as empresas e os recursos do BNDES, que não chegam de forma adequada ao seu destino, além da necessidade de incentivos para atrair novas empresas à região.
Em linhas gerais, foram elencados alguns pontos que precisam ser revistos, como a efetividade do sistema de crédito (e os altos spreads bancários – diferença entre o preço que o banco cobra para captar os recursos e emprestá-los), a não disponibilidade de financiamento como fomento à exportação e uma maior presença do BNDES apoio às micro e pequenas empresas.
Para o Luís Paulo Bresciani. secretário do Desenvolvimento Econômico e Ação Regional de Diadema, onde há muitas autopeças – umas das mais prejudicadas – as próximas ações consistem em estancar as demissões, negociando com as entidades empresariais e sindicais, reforçando o trabalho de qualificação e reforço de escolaridade e conversando com os demais municípios que dependem do ramo automotivo para buscar uma solução conjunta. “Teremos de reforçar outras portas que não a do trabalho formal. Por meio do Consórcio, poderemos solicitar ao governo federal mais verba para reforçar o microcrédito e investir em capacitação popular e formação de cooperativas”.
Do Repórter Diário e do Diário do Grande ABC