Prejuízo bilionário: Governo quer vender Eletrobras a preço de banana
O TCU (Tribunal de Contas da União) marcou para a próxima terça-feira, 15, a partir das 16h, a volta das discussões sobre o processo de privatização da Eletrobras, que o governo quer vender muito abaixo do que vale a estatal.
A privatização da Eletrobras defendida por Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, está travada depois que o TCU descobriu que o preço cobrado pelo governo trará prejuízos bilionários para o Brasil e para os brasileiros.
Tanto os ministros do TCU, como os trabalhadores no sistema Eletrobras concordam que a venda da estatal vai sair do bolso dos brasileiros e o prejuízo não será pequeno.
Pelas contas da Aesel (Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobras) e da Aeel (Associação dos Empregados da Eletrobras), a empresa vale, no mínimo, R$ 400 bilhões e o governo quer vender por apenas R$ 67 bilhões. Ou seja, os prejuízos aos cofres públicos serão na ordem de, no mínimo, R$ 333 bilhões.
Greve suspensa
Depois de 22 dias de movimento, trabalhadores do sistema Eletrobras decidiram suspender a greve por todo o país e aguardar a retomada das negociações. A paralisação começou em 17 de janeiro, atingindo as várias empresas do grupo, por causa de alterações no plano de saúde impostas pela companhia.
“Os trabalhadores e as trabalhadoras do Sistema Eletrobras realizaram uma das greves mais fortes e combativas dos últimos anos, com a adesão maciça em todas as empresas”, afirmou a FNU-CUT (Federação Nacional dos Urbanitários). A entidade lembra que está mantido o “estado de greve” na Eletrobras contra “o aumento abusivo e as mudanças no plano de saúde”. E também em defesa da empresa pública.