Prensas perigosas
Apesar de todo esforço dos últimos anos, ainda é impressionante o número de acidentes em prensas e similares como dobradeiras, guilhotinas e martelos pneumáticos.
Basicamente, os acidentados em prensas são trabalhadores jovens, entre 18 e 25 anos, trabalhando em fábricas de autopeças, muitas vezes sem experiência e qualificação e com contratação precária, seja por contrato temporário, agências ou mesmo trabalhadores avulsos sem registro em carteira.
Isso levaria a supor que eles, as vítimas, seriam os culpados pelos acidentes, o que não é verdade.
Máquinas desprotegidas
Grande parte das empresas não está cumprindo a convenção coletiva de prensas e similares do Estado de São Paulo, que tem força de lei.
Essas empresas são as únicas responsáveis pelos acidentes, pois mantêm em funcionamento máquinas desprotegidas, operadas por trabalhadores não habilitados e não qualificados, e desobedecem às leis em vigor que definem as exigências técnicas para proteção e operação dessas máquinas.
Mais preocupante ainda é que a maioria dos trabalhadores e principalmente os cipeiros desconhecem a convenção e permitem que essas máquinas continuem operando e produzindo mutilações e sofrimento.
Fique atento
Prensas e similares não podem operar, não há mais prazo, e devem ser interditadas imediatamente nas seguintes condições:
– Quando acionada por pedal de qualquer tipo, se não possuir a área de prensagem totalmente protegida e fechada e que impeça a passagem das mãos e dedos do operador.
– Quando não dispuser da proteção de todas as partes móveis, anteriores, laterais e traseiras.
– É proibida a operação com utilização de pinças mecânicas ou magnéticas a não ser para as operações a quente.
– É proibida a utilização de mecanismos afastadores de mãos, seja por barra ou correia de amarrar nos punhos.
Além desses casos, muitas outras medidas de proteção das máquinas e capacitação dos operadores devem ser cumpridas.
Procure o Sindicato para mais informações, orientações e ajuda. Não espere um novo acidente acontecer. Cumpra seu papel.
Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente