Presidente da CNI defende medidas econômicas tomadas pelo governo
Segundo ele, aumento de impostos ao cigarro não é bom, mas necessário. Armando Monteiro Neto elogiou manutenção do IPI reduzido sobre carros
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB-PE), defendeu nesta terça-feira (31) as medidas anunciadas pelo governo na segunda-feira (30) para ativar a economia do País. Segundo ele, a desoneração de produtos da construção civil vai estimular ainda mais o programa habitacional lançado na semana passada.
Ele comentou o novo pacote de isenções fiscais do governo durante o lançamento da Agenda Legislativa da CNI, com 119 propostas para mudar a legislação e favorecer o setor produtivo.
Monteiro Neto disse ainda que o governo agiu corretamente ao manter por mais três meses a redução da alíquota de IPI sobre os automóveis. O dirigente afirmou que o governo pode até incrementar sua arrecadação líquida com a medida.
“A renovação de isenção de IPI na área de automóveis era uma medida de que se impunha já que, diferentemente do mundo, o Brasil conseguiu manter um certo nível de venda no setor automobilístico, que tem extraordinária importância na formação do PIB da indústria”, argumentou.
O empresário disse que o aumento das alíquotas que incidem sobre a produção e comercialização dos cigarros foi muito forte, mas a medida se explica devido ao quadro fiscal do governo federal.
“Evidentemente, considerando o novo quadro fiscal e a queda da arrecadação, o governo buscou uma compensação, elevando de forma muito forte as alíquotas no setor de cigarro. Evidentemente que quando se faz desoneração onerando outros setores, essa não é a melhor forma de fazer. Mas, o fato é que neste momento com as atuais circunstâncias terminaram exigindo essa solução, que volto a dizer não é a melhor, mas foi a solução possível”, afirmou o presidente da CNI.
Do G1